Um dos editais, segundo o ministro, prevê recursos para o desenvolvimento do carro elétrico brasileiro. Rezende disse que o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) tem um programa para a elaboração de carros movidos a hidrogênio há vários anos, mas só começou a reunir fabricantes de motor elétrico e de baterias há um ano e seis meses. "Nós entendemos que não adianta apenas reunir os pesquisadores, é necessário também destinar recursos para as pesquisas, por isso o lançamento deste edital", afirmou. Rezende evitou dar detalhes sobre os editais e limitou-se a afirmar que o presidente Luis Inácio Lula da Silva fará um pronunciamento oficial sobre a questão hoje. "Nós precisamos entrar nessa corrida pelo carro elétrico o quanto antes", afirmou.
Apesar do investimento em pesquisa nos últimos anos, a criação de novos produtos brasileiros ainda está aquém do desejado. Para Sérgio Rezende, o país não produz um maior número de patentes porque "até 40 anos atrás não tínhamos ciência e tecnologia no Brasil, as empresas nacionais não tinham a cultura da inovação e a política industrial nãoestava associada à política de Ciência e Tecnologia no Brasil". Segundo ele, aos poucos o quadro vem sendo modificado.
Hoje, o Brasil conta com 150 mil pesquisadores em atividade, entre mestres e doutores. Só na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), sede da 62ª Reunião Anual da SBPC, há 74 cursos de mestrado e doutorado e 1,2 mil professores doutores. Atualmente, o Brasil forma 13 mil doutores e mais de 40 mil mestres por ano, número dez vezes maior que o verificado há dez anos. O número de pós-graduados subiu de 23,8 mil mestres e doutores em 2000 para 50 mil em 2009. "Estamos numa situação bem melhor, se comparada a outras épocas no país e até ao que se vê em outros países emergentes", declarou o ministro.
Rezende também chamou atenção para o avanço na publicação de artigos científicos por cientistas brasileiros. Em 2009, os pesquisadores brasileiros publicaram 32,1 mil artigos científicos. Atualmente, o país responde por 2,7% da produção científica mundial e ocupa o 13º lugar no ranking internacional, à frente de países como Rússia e Holanda.
Fonte: -http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/07/27/brasil8_0.asp-