terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Internautas europeus não conseguem comprar online - Estudo da UE revela que 61% das compras pela internet são recusadas

O estudo envolveu clientes-mistério de todos os países da União Europeia e o objectivo era procurar 100 produtos populares (CD, computadores, máquinas fotográficas digitais e máquinas de lavar roupa) na Internet.

Resultado: para além da poupança (que é de pelo menos 10%) e do acesso a produtos que não existem no mercado nacional de cada internauta, a mais surpreendente conclusão é a de que 61% das compras não são bem sucedidas, ou porque o comerciante não possui meios de pagamento adequados ou porque não é feita entrega naquele país. 
Em 13 dos 27 países europeus, pelo menos metade dos produtos procurados, a poupança era de pelo menos 10% do que a melhor oferta nacional encontrada (incluindo as despesas, por exemplo, de transporte). 50% dos produtos não existiam na internet local, mas foram encontrados em outros países da UE.

Se os dados não surpreendem, a percentagem de encomendas mal sucedidas é avassaladora e mostra um comércio electrónico muito pouco global. Em média, 61% das encomendas feitas não chegaram a bom porto, principalmente porque o comerciante se recusou a servir o país de residência do consumidor ou não oferecia meios adequados de pagamento além fronteiras.
«É absolutamente necessário simplificar o labirinto jurídico que impede que os comerciantes em linha passem a oferecer os seus produtos noutros países», afirmou Viviane Reding, Comissária da UE para a Sociedade da Informação e Meios de Comunicação Social.
«Não teremos na realidade uma economia digital enquanto não suprimirmos todas as barreiras às transacções em linha, igualmente para os consumidores finais. Esta deve ser uma das prioridades de topo na lista de todas as iniciativas políticas de relançamento do projecto do mercado único».
Actual legislação é manta de retalhos
O estudo data de Outubro e define algumas das áreas prioritárias de acção para combater a «manta de retalhos» que é a actual legislação.
Nesse sentido, a proposta de directiva quer criar um conjunto de direitos simples e único para os consumidores da União Europeia, intensificar a fiscalização para aumentar a confiança dos consumidores no comércio transfronteiras.
A União Europeia refere que a medida mais urgente passa pela simplificação das regras do comércio transfronteiras aplicáveis aos retalhistas (por exemplo, as respeitantes ao IVA, às taxas de reciclagem e aos direitos de propriedade intelectual).

Fonte: -http://diario.iol.pt- Portugal