Empresário criou máquina para triturar as
sobras da fruta. Nove anos após pedido, ele conquistou a patente da invenção
Pensando em uma forma de reaproveitar as cascas dos cocos verdes, o empresário Marcelino Lopes, de 57 anos, criou uma máquina capaz de triturar os restos da fruta no Maranhão. O produto final pode ser utilizado na agricultura, como adubo, e na indústria da construção civil, como cimento.
“A fibra do coco também
pode ser utilizada para finalidades mais nobres, como artesanato. Mas o
importante é conseguir utilizar a máquina para criar emprego e renda para as
famílias”, afirmou Lopes ao G1.
A criação de Lopes
precisou de quatro anos para ficar pronta. A invenção foi patenteada pelo
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que tem representação local na Secretaria de
Estado da Indústria e Comércio (Sinc) do estado. De acordo com a Sinc, ele deu
entrada no pedido da patente em 2000. “A criação desta máquina levou quatro
anos. Fiz vários testes até chegar ao ponto que eu considerei ideal”, disse.
O empresário afirmou
ter criado a máquina para colaborar com o meio ambiente. “Não possuo formação
superior, acho que aprendi com o meu pai a ter amor pelo trabalho”, afirmou
Lopes, que já vendeu outras seis máquinas para produtores de coco do Maranhão.
Segundo a Sinc, as
cascas do coco verde correspondem a mais da metade do peso bruto da fruta e são
geralmente depositadas em aterros e lixões, provocando problemas aos serviços
municipais de coleta de lixo.
Mídia Eletrônica: G1 -g1.globo.com-