quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Questões objetivas para a prova de Agente da Propriedade Industrial do INPI/2009

Preparei mais 5 novas questões para a prova de Agente de Propriedade Industrial do INPI em 2009. Veja abaixo e comente. Boa sorte!
46) Assinale a alternativa correta:
(A) O licenciado poderá ser investido pelo depositante da marca de todos os poderes para agir em defesa da marca, sem prejuízo dos seus próprios direitos.
(B) O contrato de licença de uso da marca deverá ser averbado no INPI para que o INPI conheça o novo titular da marca.
(C) A averbação do contrato de licença pelo INPI produzirá efeitos em relação a terceiros a partir da data de celebração do contrato.
(D) Para efeito de validade de prova de uso, o contrato de licença de marca não precisará estar averbado no INPI.
(E) Da decisão que indeferir a averbação do contrato de licença não cabe recurso.
Dica: Ler artigos de 139 a 141 da LPI.


47) Ensejam licença compulsória:
(A) O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se não exercer os direitos dela decorrentes de forma intensa e continuada;
(B) caso o titular pratique por meio da patente abuso de poder social;
(C) a não-exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação ou fabricação incompleta do produto;
(D) a comercialização, distribuição e venda que não satisfizer às necessidades de preço do fabricante;
(E) a falta de uso integral do processo patenteado, incluindo os casos de inviabilidade econômica.
Dica: Ler artigo 68 da LPI.


48) assinale a alternativa correta:
(A) Na licença voluntária de patentes, o licenciado poderá ser investido pelo titular de todos os poderes para agir em defesa da patente.
(B) Em caso do titular da patente colocá-la em oferta para fins de exploração, o INPI não promoverá a publicação da oferta.
(C) A patente sob licença voluntária, com caráter de exclusividade, poderá ser objeto de oferta.
(D) A patente em oferta não terá sua anuidade reduzida.
(E) Uma vez licenciada a patente, o titular não poderá requerer o cancelamento da licença.
Dica: Ler artigos de 61 a 67 da LPI


49) Assinale a alternativa correta:
(A) O depositante não poderá requerer a transformação do pedido de certificado de adição em pedido de patente.
(B) Quando tiver ocorrido a publicação do pedido principal, o pedido de certificado de adição será publicado após o novo exame.
(C) O pedido de certificado de adição não deve apresentar o mesmo conceito inventivo da patente.
(D) Mesmo sem atividade inventiva, o titular de patente poderá requerer certificado de adição, mediante pagamento de retribuição específica.
(E) O certificado de adição terá vigência própria, a partir de sua data de depósito.
Dica: Ler artigos 76 e 77 da LPI.


50) Assinale a alternativa correta:
(A) Segundo a Lei 9279/96, ao depositar um pedido de patente ele será mantido em sigilo por 18 meses contados da data do depósito ou da prioridade mais antiga.
(B) Caso haja violação da patente, o depositante poderá requerer a publicação emergencial prevista na LPI.
(C) Na publicação do pedido de patente deverão constar os dados identificadores do pedido, relatório descritivo, reivindicações, resumo e desenhos.
(D) O exame do pedido de patente será iniciado em até 60 dias após a publicação do pedido.
(E) Até o final do exame pelo INPI, o depositante poderá efetuar alterações para melhor esclarecer ou definir o pedido de patente, desde que estas se limitem à matéria inicialmente revelada no pedido.
Dica: Ler artigos de 30 a 32 da LPI.

Comentários à Propriedade Industrial na África


Quase todos os 60 países da África possuem leis na área de propriedade intelectual que garantem os registros de marcas e patentes.
A Advogada sul-africana Rina Gunter, do escritório Spoor & Fisher, comenta que novas marcas e produtos têm chegado aos países africanos e com isso, a discussão sobre registros de marcas, patentes e design ganha relevância.
Rina Gunter comenta ainda que a desorganização e a falta de tecnologia complicam os registros.
Na Nigéria, por exemplo, o registro de patentes é feito à mão, em um livro de anotações. O registro de marcas é um pouco melhor, há arquivos informatizados, mas ainda não é possível fazer pesquisa, pois não há um banco de dados.
No Zimbábue, cada empresa tem de enviar à instituição responsável pelo registro um papel com o desenho da marca. A ilustração receberá um número, escrito a mão em qualquer parte branca do desenho, e será colada no caderno de folhas sem pauta onde estão centralizados todos os registros. “Mesmo parecendo uma bagunça, o registro funciona bem”, diz Rina Gunter.
Em Angola, segundo relatos da advogada, existem dois computadores no escritório de registros: um para patentes e um para marcas. Não há servidor e nenhum deles tem backup, mas é possível usá-los para pesquisar registros feitos a partir de maio de 2005.
16 países que integram a entidade OAPI (Organização Africana de Propriedade Intelectual) têm um banco de dados das patentes registradas.
14 países africanos assinaram o Protocolo de Madrid, acordo internacional que permite que o registro de marca feito em um dos 84 países membros, somados aos da União Europeia que também o integra, valha para todos os membros (o Brasil não é signatário ainda). Porém, para que a proteção seja eficaz, a advogada Rina aconselha a empresa a fazer um registro da marca em cada um dos países em que estiver presente. Há países que assinaram o Protocolo de Madrid, mas a legislação nacional diz que os tratados internacionais não têm efeito sobre o território nacional quando não estão de acordo com as leis locais.
Brasil e África
Segundo o advogado Emile Myburgh, do escritório sul-africano Emile Myburgh Attorneys, contribuíram para uma maior confiança nos países a edição de novas leis que dão proteção aos investimentos, garantem a propriedade industrial e os direitos de importação. Ele afirma que a economia de Angola, por exemplo, cresceu 92% de 1992 a 2007.
Nos primeiros quatro meses de 2009, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, as exportações brasileiras para o continente africano somaram US$ 2,77 bilhões, enquanto o movimento inverso, de importações de produtos brasileiros pela África (continente), totalizou US$ 1,826 bilhão. África do Sul e Angola são os principais alvos dos brasileiros. 
Fonte: www.conjur.com.br

O INPI e o antirretroviral Tenofovir


Fonte: O Estado de São Paulo - Caderno 2 - 14/10/2009