quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Escritórios elaboram guia para investimento no Brasil


A Câmara de Comércio Americana (Amcham) em parceria com vários escritórios de advocacia publicou nesta semana 13 guias destinados a estrangeiros que queiram fazer negócios no Brasil. As bancas foram convidadas para participar do projeto de acordo com a sua especialização. A série é produzida em inglês e abrange uma variedade de temas como abertura de empresas, proteção à propriedade intelectual, contratos com órgãos governamentais, como obter financiamento. O material deverá ser distribuído para todas as embaixadas brasileiras no mundo.
O escritório Pires Advogados & Consultores foi o responsável pela elaboração do guia sobre licença ambiental. O advogado Ivon Pires, que desde 1986 estuda Direito Ambiental e Internacional, conta que há grande concorrência entre as empresas americanas pelos melhores negócios por aqui. Ele acompanhou a última missão promovida pela Amcham para os Estados Unidos e se surpreendeu com o entusiasmo com que o estrangeiro busca informações sobre o Brasil. “Além de ser um reconhecimento do trabalho feito pelo escritório, é uma possibilidade de aumentar o escopo de trabalho com a atração de clientes para novos negócios”, completa.
Propriedade intelectual
Outro assunto de grande interesse para estrangeiros é propriedade intelectual e Direito Esportivo. Com dois grandes eventos como Copa e Olimpíadas o conhecimento sobre essa parte da legislação também estará em alta. No guia, o sócio 
Gabriel di Blasi do escritório Di Blasi, Parente, Vaz e Dias & Associados faz uma análise positiva dos assuntos. “O Brasil já possui uma legislação bastante avançada. São leis que oferecem uma proteção bastante eficaz para propriedade intelectual, e na que trata de Direito Autoral alguns pontos ainda estão sendo revistos”, afirma.
Para o advogado, o trabalho feito com os guias é uma via de mão dupla. “A importância é de estar vinculado a Amcham conhecida mundialmente a possibilidade de oferecer para as empresas que estão interessadas em investir no Brasil informações sobre o Direito esportivo e Propriedade Intelectual. Ao mesmo tempo também é uma boa oportunidade de estar vinculada ao escritório”, diz. Ele destaca que o assunto está sendo bem tratado no Brasil com as Varas Especializadas no Rio de Janeiro. “O Judiciário também tem que estar preparado para dirimir estes conflitos”, completa.
Por MARIANA GHIRELLO
Fonte: http://www.conjur.com.br


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sistemas biométricos de identificação são "intrinsecamente falíveis", diz relatório


Molly Galvin*
Os sistemas biométricos de identificação são "intrinsecamente falíveis" e, por isso, não podem ser utilizados como forma única para definir a identidade de alguém.
A conclusão é de um grupo de pesquisadores que fez um estudo para o Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos.
Sistemas biométricos
Sistemas biométricos são projetados para reconhecer os indivíduos automaticamente com base em características biológicas e comportamentais, tais como impressões digitais, impressões palmares e reconhecimento facial ou de voz.
Mas os cientistas concluíram que não existe nenhuma característica biológica única estável e realmente distinta ao longo de todos os grupos populacionais.
"Por quase 50 anos, as promessas da biometria têm ficado além da aplicação prática da tecnologia," disse Joseph N. Pato, coordenador da comissão que redigiu o relatório. "Embora alguns sistemas biométricos possam ser eficazes para tarefas específicas, eles não são nem de longe infalíveis como o imaginário popular acredita. Mais pesquisas científicas são essenciais para se obter um entendimento completo das vantagens e das limitações desses sistemas."
Os sistemas biométricos estão sendo cada vez mais utilizados para controlar o acesso a edifícios, informações e outros direitos ou benefícios, mas ainda existem dúvidas quanto à sua eficácia como um mecanismo de segurança ou vigilância.
Falhas da biometria
Os sistemas biométricos não são infalíveis porque proporcionam "resultados probabilísticos", o que significa que a confiança nos resultados deve ser temperada por uma compreensão da incerteza inerente a qualquer sistema, diz o relatório.
O documento ressalta que, quando a probabilidade de um impostor é rara, mesmo sistemas com sensores bastante precisos e grande capacidade de correspondência podem apresentar uma alta taxa de falsos alarmes.
Isso pode aumentar os custos ou até mesmo ser perigoso nos sistemas concebidos para proporcionar maior segurança - por exemplo, os operadores poderão tornar-se relaxados ao lidar com possíveis ameaças.
O relatório identifica diversas fontes de incerteza nos sistemas biométricos que precisam ser considerados no projeto e na operação desses sistemas.
Por exemplo, as características biométricas podem variar ao longo da vida de um indivíduo devido à idade, ao estresse, a doenças ou outros fatores. Questões técnicas, ligadas à calibração dos sensores, à degradação dos dados e violações de segurança também contribuem para a variabilidade nesses sistemas.
Cuidados na implantação da identificação biométrica
Os sistemas biométricos devem ser projetados e avaliados em relação aos seus fins específicos e aos contextos em que eles estão sendo usados, diz o relatório. Considerações em nível de sistema são fundamentais para o êxito da implementação das tecnologias biométricas.
Sua eficácia depende de inúmeros fatores, como da competência dos operadores humanos, como acontece na tecnologia subjacente, da engenharia e dos regimes de testes, o que exige o uso de processos bem articulados para gerir e corrigir esses problemas.
O relatório destaca que deve-se fazer uma uma análise muito criteriosa quando se utilizar o reconhecimento biométrico como um componente de um sistema de segurança mais amplo, levando em conta os méritos e os riscos do reconhecimento biométrico de identificação em relação a outras tecnologias de autenticação.
Dados públicos
Qualquer sistema biométrico selecionado para fins de segurança deve ser submetido a uma avaliação de risco minuciosa para determinar a sua vulnerabilidade frente a ataques deliberados.
A confiabilidade do processo de reconhecimento biométrico também não pode depender do sigilo dos dados, já que os traços biométricos de um indivíduo podem ser conhecidos ou acessados publicamente.
Além disso, os procedimentos de triagem secundária, que são utilizados em caso de falha do sistema, deve ser tão bem concebidos quanto os sistemas primários, diz o relatório.
* Molly Galvin escreve para a National Academy of Sciences  (EUA)
Fonte: Inovação Tecnológica -http://www.inovacaotecnologica.com.br/-

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Marcas de luxo fazem parceria para lançar whisky mais caro do mundo

A marca de whisky Macallan se uniu à tradicional fabricante de produtos em cristal Lalique para lançar um produto exclusivo: o Cire Perdue. Trata-se de uma edição especial do malte, de 65 anos, colocada em um frasco de luxo da Lalique, especialmente preparado para a ocasião, em comemoração dos 150 anos do nascimento de René Lalique, fundador da Lalique. O Cire Perdue custará US$ 150 mil (o equivalente a aproximadamente R$ 260 mil).
O frasco foi desenvolvido para armazenar a bebida, a mais cara até hoje desenvolvida pela Macallan. Para a comemoração do aniversário da marca, a única unidade do produto será leiloada no dia 15 de novembro na Sotheby´s de Nova York. A quantia arrecadada com a venda da bebida seré totalmente revertida para a Charity Water, ONG que realiza um trabalho de levar água potável à comunidades de países subdesenvolvidos. 
Até o dia do leilão, o produto viajará por diversas cidades do mundo, como Paris, Madri, Londres, Moscou, Shangai e Tokio, para participar de exposições. Sobre a ação, David Cox, diretor da Macallan, comenta: “Esse projeto extraordinário nasceu de uma parceria entre nós e a Lalique, que tem um trabalho de design brilhante. Decidimos juntos doar o valor da venda desse produto maravilhoso para a Charity Water. É sempre muito bom poder ajudar os outros”. Por sua vez, Silvio Denz, CEO da Lalique, diz: “Nós estamos muito orgulhosos dessa parceria e por poder ajudar os mais necessitados com a ação”.
Fonte: Globo Rural -http://revistapegn.globo.com/-

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Energia solar e eólica podem encerrar era do petróleo, diz Nobel


A continuidade da pesquisa e desenvolvimento no campo das energias alternativas poderá resultar em uma nova era na história humana, em que duas fontes de energia renovável - a energia solar e a energia eólica - vão se tornar as principais fontes de energia na Terra.
A opinião contundente não é de nenhum ambientalista de plantão, mas do Prêmio Nobel de Química de 1998, Walter Kohn.
Falando a uma plateia seleta na Sociedade Americana de Química, Kohn destacou que petróleo e gás natural abastecem hoje cerca de 60 por cento do consumo global de energia.
Para ele, essa tendência deverá crescer ainda por um período de 10 a 30 anos, seguindo-se um rápido declínio no consumo de combustíveis fósseis.
Desafios energéticos
"Essas tendências têm criado dois desafios sem precedentes em nível global," disse Kohn. "Um é a ameaça global de escassez de energia, o que é até aceitável. O outro é o perigo iminente, este inaceitável, do aquecimento global e suas consequências."
Kohn observou que estes desafios exigem uma ampla variedade de respostas. "A mais óbvia é a continuidade do progresso científico e tecnológico, criando fontes alternativas de energia que sejam abundantes, acessíveis, seguras, limpas e livres de carbono," disse ele.
Como os desafios são globais por natureza, o trabalho científico e tecnológico deverá ter um máximo de cooperação internacional, que felizmente está começando a evoluir, disse ele.
Era do Sol/Vento
Na última década, a produção mundial de energia fotovoltaica multiplicou-se por um fator de 90, e a energia eólica por um fator de cerca de 10.
Kohn espera a continuidade do crescimento vigoroso dessas duas energias efetivamente inesgotáveis durante a próxima década e além, levando assim a uma nova era, a "era do Sol/Vento", como ele chama, substituindo a era do petróleo.
Outra questão importante, segundo ele, que compete principalmente aos países desenvolvidos, cuja população praticamente se estabilizou, é a redução no consumo de energia per capita.
"Um exemplo marcante disso é o consumo per capita de gasolina nos Estados Unidos, cerca de 5 vezes superior à média global", disse ele. "O mundo menos desenvolvido, compreensivelmente, pretende trazer seu padrão de vida a um nível semelhante ao dos países altamente desenvolvidos; em contrapartida, eles devem estabilizar suas populações crescentes."
Fonte: Mídia Eletrônica - Inovação Tecnológica -http://www.inovacaotecnologica.com.br/-

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Japão lidera lista de seis países na vanguarda tecnológica das renováveis

O Japão lidera uma lista de seis países que estão na vanguarda tecnológica das energias limpas, revela um estudo divulgado pelas Nações Unidas. 
Da lista fazem ainda parte a França, a Alemanha, o Reino Unido, os Estados Unidos e a Coreia do Sul, que concentram quase 80 por cento das patentes no campo das energias amigas do ambiente. 
O estudo, conduzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, pelo Instituto Europeu de Patentes e pelo Centro Internacional para o Comércio e Desenvolvimento Sustentável, incidiu em quase 400 mil documentos de patentes e pretendeu examinar o efeito da transferência no mundo dessas tecnologias limpas, incluindo a fotovoltaica, a geotérmica e a captação de carbono. 
O relatório "Patentes e Energia Limpa" contém ainda a primeira avaliação das práticas licenciadas de energias alternativas. 
Segundo o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner, "o desafio agora está em encontrar caminhos cujos avanços possam ser difundidos, espalhados e transferidos para toda a parte, para que os benefícios para a economia e para o ambiente possam ser partilhados por muitos em vez de por poucos". 
Fonte: SIC Notícias -http://sic.sapo.pt/-            

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Como obter marcas e patentes no Brasil e nos Estados Unidos

Se você criou algo novo (uma logomarca ou tecnologia), o primeiro passo é buscar a proteção no INPI. Mas, caso você queira exportar, é fundamentar buscar seus direitos também no exterior
Se você criou algo novo (uma logomarca ou tecnologia), o primeiro passo é buscar a proteção no INPI. Mas, caso você queira exportar, é fundamentar buscar seus direitos também no exterior. Ficou interessado? Então compareça ao evento que mostrará, em três capitais brasileiras, entre os dias 6 e 8 de outubro, como obter marcas e patentes tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. E não perca a chance que muitos brasileiros desperdiçaram.
O primeiro evento do Roadshow INPI-USPTO será no dia 6 de outubro, em Brasília (DF), das 9h às 13h. Em seguida, no dia 7, é a vez de Belo Horizonte (MG), das 14h30 às 18h30. A última etapa será em São Paulo, no dia 8, das 9h às 13h.
A inscrição para qualquer um dos eventos poderá ser feita aqui. Para mais informações, entre em contato com o INPI pelo telefone (21) 2139-3089.
O caso de patentes revela quantas oportunidades os brasileiros deixaram de aproveitar. Em 2008, por exemplo, cerca de sete mil patentes foram solicitadas ao INPI por inventores nacionais. No mesmo ano, o Escritório Americano de Marcas e Patentes (USPTO) recebeu apenas 442 pedidos de patentes feitos por brasileiros.
Como a proteção das patentes vale apenas no território em que elas são concedidas, mesmo que os brasileiros conquistem o direito no INPI em todos os casos, mais de 90% destas tecnologias estarão em domínio público nos Estados Unidos. Portanto, é importante buscar a proteção tanto no Brasil quanto no exterior.
Para facilitar esta tarefa, o INPI atua como Autoridade Internacional de Busca e Exame Preliminar de Patentes. Com isso, fica mais fácil e barato para que os inventores brasileiros possam fazer seus depósitos internacionais de patentes, já que ele poderá ser feito diretamente no INPI e em português. Em seguida, com os relatórios, o cidadão poderá decidir se é viável fazer a solicitação em outros países.
Fonte: Export News -http://www.exportnews.com.br/-

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Como aumentar as inovações?


A produtividade das empresas brasileiras é bem menor do que a das americanas, europeias e coreanas. Um relatório recente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostra que a produtividade das empresas brasileiras (não explicada por máquinas e trabalhadores) é metade das americanas, o que contribui para que o PIB per capita do Brasil seja apenas 20% do americano. Na América Latina, as empresas brasileiras são mais parecidas com as colombianas e mexicanas em termos de eficiência, ainda distantes das líderes chilenas. Por que a produtividade das firmas brasileiras é tão baixa?
Muitas empresas brasileiras, principalmente as familiares e as protegidas da concorrência, adotam práticas gerenciais ultrapassadas. Mas, um dos principais fatores responsáveis pela menor produtividade das firmas brasileiras é sua reduzida quantidade de inovações, tanto no produto final como no processo produtivo. Os dados de patentes ilustram bem o atraso brasileiro na produção de novas técnicas. Em 2009 as empresas brasileiras obtiveram apenas 146 novas patentes nos Estados Unidos, ao passo que as coreanas conseguiram 9.400 e as americanas 93.700. Isso ocorre em grande parte devido aos baixos gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) realizados no Brasil. Enquanto o Brasil gasta apenas 1,1% do PIB com P&D, os EUA gastam 2,6% e a Coreia 3,2%, ao passo que Japão e Finlândia atingem quase 3,5%. Além disso, menos da metade do valor gasto com P&D no Brasil ocorre no setor privado.
O montante reduzido de gastos privados em P&D, por sua vez, reflete em grande parte o baixo nível educacional dos trabalhadores brasileiros. Como se sabe, a qualidade da educação oferecida aos jovens brasileiros está entre as mais baixas do mundo. Além disso, no Brasil somente 8% dos formados com nível superior são engenheiros, ao passo que na Coreia eles representam 25%. Apesar do número de doutores brasileiros ter crescido substancialmente nos últimos anos, apenas 12% obteve seu título nas áreas de engenharia e informática em 2009. Ou seja, há carência de jovens profissionais atuando nas áreas tecnológicas.
No Brasil, menos de 1/4 dos cientistas estão nas empresas. Nos EUA, 80% deles trabalham no setor privado
Em contrapartida, o número de artigos científicos publicados por brasileiros representa 54% do total publicado na América Latina e 2,63% do mundo. Dado que nossa produção científica não é tão baixa, tendo em vista o pequeno número de doutores formados todos os anos, porque nossas empresas não aplicam as ideias geradas pela academia para a produção de novas técnicas? Ocorre que no Brasil, menos de 1/4 dos cientistas trabalham em empresas, enquanto na Coreia metade deles está no setor privado e nos EUA são 80%. Uma parcela substancial das patentes e dos pesquisadores brasileiros está concentrada em apenas três empresas: Petrobras, Embrapa e Fiocruz. Há no Brasil uma distância enorme entre as empresas e as universidades para a produção de conhecimento aplicado.
Parte disto ocorre por razões históricas. A Coreia buscou integrar as universidades, os institutos de pesquisa e as empresas privadas em torno de um esforço de desenvolvimento tecnológico, voltado para ganhos de eficiência e exportações, ao mesmo tempo em que investia pesadamente numa educação de qualidade para sua população. Já o desenvolvimento industrial no Brasil sempre ocorreu com muita proteção. Como não havia a preocupação de competir no mercado externo, a maior parte das empresas brasileiras não buscava melhorar continuamente seus processos de gestão e inovação. Além disso, a industrialização brasileira foi baseada em máquinas e equipamentos, deixando de lado a educação. As coisas começaram a mudar com a abertura comercial, que forçou a competição com empresas mais eficientes de outros países.
Para tentar superar o problema da falta de inovações, o governo tem produzido diversos planos de ação e novas leis. Entre eles destacam-se o Plano de Ação em Ciência e Tecnologia, o Plano de Desenvolvimento da Produtividade, a lei da inovação, a lei do bem, além de várias políticas conduzidas pela Finep e pelo BNDES. As novas leis basicamente introduzem uma série de incentivos fiscais para empresas que gastam com P&D e inovação. Apesar de todo esse aparato legal, as empresas que mais acessam esse sistema de incentivos são as grandes empresas consolidadas, que não precisariam de incentivos para investir em P&D. O que está errado então?
Novas ideias muitas vezes surgem em microempresas, com jovens empreendedores desenvolvendo novos produtos. Essas empresas informais e mesmo as formais que operam pelo sistema de lucro presumido, não conseguem ter acesso a vários dos programas de incentivos do governo, que funcionam com base no desconto do imposto de renda a pagar. Além disso, a complexidade do sistema tributário brasileiro prejudica a expansão das firmas mais produtivas e eficientes. Por fim, várias empresas ineficientes sobrevivem graças a favores do governo e concessão de subsídios. É preciso simplificar o sistema tributário, melhorar a logística, aumentar a competição nos mercados e mudar as leis de inovação para que pequenas empresas com grandes ideias consigam sobreviver, inovar e expandir, levando eficiência para o resto da economia.
*Naercio Menezes Filho, professor titular - Cátedra IFB e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper e professor associado da FEA-USP, escreve mensalmente às sextas-feiras. 
Fonte: Mídia Impressa - Valor Econômico

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Novo processo utiliza fermento geneticamente modificado para aprisionar CO2. Pesquisadores do MIT utilizam processo biológico pra transformar dióxido de carbono em tijolos.

Um novo método desenvolvido no MIT copia o mecanismo de organismos que constroem conchas e pode ser nova maneira de aprisionar dióxido de carbono e diminuir os problemas do Efeito Estufa aumentado pela ação humana.
Em uma época em que o aquecimento global se tornou conhecido e divulgado, muitos pesquisadores tentam fazer a sua parte para diminuir os efeitos do efeito estufa no planeta. Exemplos são os projetos de pesquisadores de Liverpool, que desenvolveram a água seca, e dos laboratórios Sandia, que fizeram uma máquina que transforma dióxido de carbono em combustível.
A tarefa é, sem dúvida complicada, principalmente em grande escala. Talvez por isso, a engenheira do MIT – Massachussets Institute of Technology, Angela Belcher, pense em transformar CO2 em tijolos de construção.
Para isso, Belcher e seus alunos de graduação modificaram os genes de um tipo de levedura de fermento de pão, para que expressem características semelhantes a muitos organismos marinhos, que constroem conchas de carbonato de cálcio, conta o site PopSci. O dióxido de carbono é borbulhado em água e, então, combinado com íons minerais para produzir compostos sólidos. As enzimas do fermento ajudam no processo.
O interessante é que a descoberta pode ajudar de duas formas, retirando CO2 da atmosfera e diminuindo as quantidade do gás que são emitidas na fabricação de tijolos.
O site PopSci ainda lembra que Belcher e seus alunos não foram os primeiros a conseguir transformar moléculas de CO2 em sólidos, mas foram os primeiros a provar que é possível utilizar um processo biológico.
De acordo com a pesquisadora, cada 0,5 kg de CO2 utilizado pode gerar cerca de 1 kg de carbonato. Assim, caso o processo possa ser reproduzido em grande escala, pode ser uma ótima medida para aprisionar moléculas de dióxido de carbono – na excelente razão de 2:1 – e, ao mesmo tempo, ajudar na construção civil.
Mídia Eletrônica: Geek -http://ndauer.geek.com.br/-