sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sapato chinês chega ao Brasil via Vietnã


Nove meses após País sobretaxar produto da China, cresce importação de vizinhos de chineses


Após nove meses da entrada em vigor da sobretaxa aos calçados importados da China, novos países asiáticos ganharam representatividade nos desembarques do produto no Brasil. Segundo o setor calçadista, por trás desse crescimento há forte evidência de que esteja ocorrendo triangulação nas exportações do produto chinês para o Brasil, por meio de outros países, para fugir da tarifa antidumping de US$ 13,85 sobre cada par.
As compras externas de sapatos da Malásia, por exemplo, subiram de 1 mil entre janeiro e maio de 2009 para 2,129 milhões de pares no mesmo período deste ano - alta de 212,8%.
"As importações da Malásia saíram de praticamente zero para milhões de pares", diz o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Milton Cardoso. Segundo ele, o preço médio do calçado importado da Malásia - que recuou no período de US$ 78 para US$ 4,01 - ficou muito próximo do valor praticado pela China há um ano, ao redor de US$ 6,50, quando a tarifa antidumping não estava em vigor.
Em termos de valores gastos com importações de calçados da Malásia, o aumento chegou a 10.843% entre janeiro e maio, em comparação com igual período de 2009. O valor saltou de US$ 78 mil para US$ 8,536 milhões.
Os empresários do setor comunicaram o governo brasileiro sobre o avanço das importações de calçados de países vizinhos à China. "As evidências são tão fortes que merecem uma ação imediata do governo", diz Cardoso. A compilação feita pela Abicalçados tem como base dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A investigação de dumping nas importações de calçados chineses foi aberta pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em dezembro de 2008, a pedido da Abicalçados. O dumping - exportação a preços inferiores aos praticados no mercado de origem para conquistar mercado - é considerado uma prática desleal pela Organização Mundial do Comércio (OMC). A partir de setembro do ano passado, os sapatos chineses passaram a pagar uma sobretaxa de US$ 12,47, valor que foi elevado a US$ 13,85 em março. Os calçados provenientes de qualquer destino também pagam 35% de tarifa de importação para entrar no Brasil.
Segundo a Abicalçados, nos últimos dez anos a China foi a principal origem das importações de calçados ao mercado brasileiro, com uma fatia que chegou a superar os 85% em 2008. No entanto, nos cinco primeiros meses de 2010, perdeu o posto, pela primeira vez, para o Vietnã.
Segundo a entidade, enquanto as importações do setor como um todo recuaram 17,7% nos cinco primeiros meses deste ano, as compras do Vietnã avançaram 117%, atingindo US$ 48,6 milhões. Outro país com um forte crescimento é Taiwan, que ampliou de janeiro a maio em 1.444% suas vendas de sapatos para o Brasil. 
Fonte: http://www.estadao.com.br/

Disney quer expandir sucesso de série de animação


Você se lembra dos primeiros dias do desenho animado Bob Esponja Calça Quadrada - antes dos contratos para parques temáticos, dos filmes e das imensas campanhas de marketing? Na época, tratava-se apenas de um desenho animado de premissa absurda que de algum modo conquistou uma audiência leal na televisão.
Com base nesse critério, seria possível dizer que Phineas and Ferb, uma série da Disney, é o novo Bob Esponja. O desenho animado do Disney Channel sobre dois irmãos adotivos e seu ornitorrinco de estimação se transformou em grande sucesso de audiência junto ao público infantil. Será que a máquina da Disney se provará capaz de transformá-lo em um gigante do marketing de dimensões comparáveis às atingidas pela turma de Bob Esponja?
Não será por falta de esforço que não o fará.
A Disney decidiu adotar um esquema mais agressivo de promoção para Phineas and Ferb, nos últimos meses. Os personagens do desenho tiveram versões fantasiadas acrescidas à Disneylândia, e cartazes do desenho animado decoram alguns dos quiosques no parque. Pela metade de junho, o primeiro grande esforço de marketing do programa estará em curso, com produtos da série lançados em algumas das maiores cadeias de varejo de massa norte-americanas - Wal-Mart, Kmart, Kohl's, J.C. Penney, Target -, e em breve surgirá uma revista mensal. Além disso, a Kraft adquiriu uma licença para os personagens Phineas Flynn e Ferb Fletcher nos produtos de sua linha Macaroni and Cheese (os primeiros dos quais chegarão aos supermercados em 2011).
"Temos a capacidade de identificar propriedades e tendências emergentes que estão capturando a atenção da garotada - qual seria a licença mais procurada, o que está por chegar ao sucesso, e Phineas and Ferb certamente atende a essa descrição", disse Lisa Harnisch, vice-presidente da cadeia de loja de brinquedos Toys R Us.
A Disney está especialmente interessada em expandir a audiência masculina do desenho, e por isso vem trabalhando junto a ligas e equipes esportivas (entre as quais os Los Angeles Dodger, no beisebol), para que integrem os personagens aos vídeos exibidos em seus estádios e aos seus esforços de marketing. A NBA usou uma das canções do desenho Squirrels in My Pants, combinada a vídeos de seus jogos, para promover seus playoffs recentemente encerrados.
E, é claro, haverá um novo pico de conteúdo relacionado a Phineas and Ferb disponível dentro de pouco tempo, incluindo um filme para TV. Uma potencial série derivada envolveria as Fireside Girls, uma turma de bandeirantes que muitas vezes ajuda os meninos do desenho em suas aventuras. A Disney está trabalhando também em um programa de entrevistas com participantes reais, no qual os dois irmãos (em forma de desenho animado) entrevistariam celebridades.
Phineas and Ferb, criado por Don Povenmire e Jeff Marsh, os dois veteranos de outras séries de animação como Os Simpsons e Family Guy, demorou 16 anos a chegar à televisão. Os dois foram informados repetidamente de que a ideia - divulgada por dois curta -metragem de 11 minutos que contavam cada qual três históricas, entrelaçadas no final - era complicada demais para que as crianças conseguissem acompanhar. Cada episódio inclui, também, uma canção original.
"É justo admitir que se trata de um programa um pouco assustador, se comparado com aquilo que existe no mercado", diz Marsh, conhecido pelo apelido Swampy. "A Disney, por exemplo, jamais havia produzido um programa desse tipo", acrescentou, em referência à intenção de criar episódios roteirizados em forma de desenhos, ou storyboards, em lugar de textos.
"Nós batalhamos o máximo possível, desde o começo, para não diluir a ideia", disse Povenmire. ¿Não nos incomoda, na verdade, que uma piada seja complicada demais para que uma criança compreenda - haverá nova piada dali a cinco segundos. Só o que queremos é que as crianças não mudem de canal".
O estilo de animação dos personagens também é incomum. A cabeça de Phineas é um triângulo e a de Ferb é um retângulo. Cada episódio gira em torno de projetos estapafúrdios criados pelos dois irmãos a fim de evitar o tédio que sentem nas férias de verão. Eles usaram uma máquina de sorvete para criar uma rampa de esqui no quintal de casa, em um episódio. Em outro, enviam um submarino miniaturizado para navegar no sistema digestivo da irmã.
A Disney vem enfrentando dificuldade nos últimos anos a fim de ganhar ímpeto no mercado de desenhos animados para TV. Conseguiu algum resultado no mercado pré-escolar com programas como Handy Manny eMickey Mouse Clubhouse. Mas sucesso como o conquistado por Bob Esponja, um desenho que encontra espaço na cultura mais ampla e atrai tanto adultos quanto crianças, não foi possível para a companhia até o momento.
Bob Esponja é há muito o desenho animado de maior sucesso na televisão, produzido pela Nickelodeon, uma grande rival, e por isso está na mira da Disney. Em recente feira de licenciamento de marcas em Las Vegas, Marsh divulgou os muitos resultados positivos conquistados por Phineas and Ferb nos índices de audiência, e encerrou sua palestra com um triunfante "e, sim, nós derrotamos Bob Esponja".
Determinar se essa declaração procede depende da maneira pela qual os números do Nielsen sejam interpretados. No entanto, em 2009, Phineas and Ferb foi a série de animação mais assistida entre as crianças dos seis aos 11 anos.
Bob Esponja continua a manter firme liderança junto a uma audiência mais ampla, a das crianças dos dois aos 11 anos, de acordo com a Nickelodeon. "A matemática deles é enganosa", disse David Bittler, porta-voz da Nickelodeon. "Tanto Bob Esponja quanto quatro outras de nossas séries tiveram audiência superior à daquele desenho este ano".
Os executivos da Disney disseram que tentaram adotar uma abordagem lenta e firme para transformar a série lançada em 2007 em um dos pilares de sua programação e marketing. Phineas and Ferb passa tanto no Disney Channel quanto no Disney XD.
"Era como tocar um guardanapo com a ponta de uma caneta: quando você a deixa parada lá, primeiro surge uma pequena mancha de tinta, que começa a se espalhar", disse Gary Marsh, presidente de entretenimento e vice-presidente de criação do Disney Channel Worldwide. "Não é uma boa ideia comercializar demais uma boa ideia quanto está sendo lançada", continuou. "Se as pessoas descobrirem o produto sozinhas, primeiro, sentirão um senso de propriedade maior".
As canções provaram ser um dos mais importantes elementos da série. Fazer com que uma canção se fixe na memória das crianças pode ser o primeiro passo para a imortalidade ¿basta recordar a canção tema de Os Flintstones. Para um episódio em produção, Jeff Marsh e Povenmire conseguiram que Chaka Khan e Clay Aiken gravassem um dueto.
A música também ajuda a distribuir o conteúdo pela Web em modo viral, especialmente entre os estudantes universitários.
"Eu honestamente estava perdendo a esperança quanto aos desenhos animados, porque os novos pareciam todos sacanas ou mal humorados", disse Kirstie Barlow, 19, universitária cujo canal no YouTube sobre a série conta com 11 mil assinantes. "O desenho é divertido porque tem um humor inteligente. Não sinto que meus neurônios estão morrendo quando o assisto".
Fonte: http://diversao.terra.com.br/tv

Máquina de fazer cópias em papel completa 50 anos


Existe coisa mais analógica do que uma máquina de Xerox? À primeira vista, você pode pensar que cópias em papel não têm a ver com a era digital. Mas têm.
Na semana passada, completaram-se 50 anos que a Xerox 914, a primeira máquina comercial, começou a ser vendida. E, com ela, pela primeira vez as pessoas tiveram a oportunidade de duplicar, copiar e desagregar conteúdo de forma barata e simples. A revista Atlantic diz que o modelo "foi um dos catalisadores da era da informação". Um livro poderia ser reproduzido inteiro ou em partes, quantas vezes fosse preciso, do jeito que o leitor quisesse.
A reprodutibilidade pode ser banal hoje, mas há 50 anos foi revolucionária - tanto que trouxe algumas questões que ainda não foram resolvidas. Direitos autorais, por exemplo.
A marca completou 45 anos de Brasil na mesma semana. E, mais do que facilitar o cotidiano em escritórios (seu propósito inicial), a Xerox é capital para a educação. O Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da USP constatou que a compra da bibliografia pedida nos cursos comprometeria quase toda a renda familiar. A questão foi uma das catalisadoras da reforma da Lei de Direitos Autorais. O MinC deve mexer na lei atual e permitir cópias para fins educacionais. A questão partiu do papel - se estendeu também para o meio virtual.
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com