sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Brasil é o primeiro dos 120 países em que o Viagra é comercializado a dar a patente como vencida


A pouco mais de dez dias de perder a patente no Brasil, o Viagra vai ficar até 50% mais barato no país, informou nesta terça-feira (8) a Pfizer, dona da marca.
Segundo a empresa, as farmácias que receberem o produto a partir desta terça já terão o Viagra com o valor reduzido.
A Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) afirmou que, mesmo com a redução no preço do remédio de referência, o genérico deve ficar mais barato.
Até agora, cada comprimido do Viagra custava algo em torno de R$ 30, dependendo do estado brasileiro. Agora, ele passa a sair por cerca de R$ 15. A Pfizer também anunciou o lançamento da embalagem com apenas um comprimido. Anteriormente, o Viagra era vendido em caixas com a partir de duas unidades.
O Brasil é o primeiro dos 120 países em que o Viagra é comercializado a dar a patente como vencida. Em 28 de abril, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que a patente do medicamento vencerá em junho deste ano, como previsto pela legislação brasileira -- que prevê a proteção da propriedade industrial de remédios por 20 anos após o primeiro registro. O Viagra, segundo o STJ, foi registrado em junho de 1990 na Inglaterra.
A Pfizer afirma que o pedido feito na Inglaterra não foi concluído e que o registro só foi formalizado em 1991, na União Europeia. Por isso, a fabricante pedia uma extensão de um ano nesse prazo, até 2011. Nos Estados Unidos e na Europa a patente deve vencer nessa data.
farmacêutica ainda pode recorrer da decisão, segundo o diretor de negócios da empresa, Adilson Montaneira, mas isso ainda está sob estudo. "Ainda estamos esperando. Temos que avaliar o teor da decisão para poder depois tomar uma nova decisão [sobre recorrer]. Você precisa ter um embasamento legal. Mas independente disso, a decisão de abaixar o preço está tomada", afirmou ele ao G1.
Segundo Montaneira, a Pfizer espera perder 30% do mercado de medicamentos para disfunção erétil no próximo ano, devido à concorrência dos genéricos - percentual que é abaixo dos 70% previstos quando um remédio perde a patente, segundo ele.
A companhia, de acordo com o executivo, pretende manter o mesmo nível de investimentos no produto que tinha anteriormente. "Temos estudos que nos ajudaram a tomar essa decisão que nos levam a acreditar que esse mercado deve de duplicar a triplicar nos próximos anos. E a nossa decisão visa capturar uma parte importante desse crescimento do mercado", afirma Montaneira.
Apesar das facilidades no preço e na apresentação, a Pfizer ressalta que o Viagra deve ser tomado com recomendação médica. "A recomendação da Pfizer e a minha e a de todos os médicos é a de que o Viagra é um remédio e deve ter prescrição médica", afirma o diretor médico da empresa, João Fittipaldi.
Fonte: http://www.meionorte.com

Acordo pode facilitar globalização de franquias brasileiras

A Associação Brasileira de Franchising está estudando um acordo com Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para regularizar a lei de franquias e facilitar a internacionalização das empresas franqueadoras brasileiras. De acordo com o presidente da associação, Ricardo Bomeny, atualmente 65 empresas exportam para 49 países. "A expectativa para 2010 é que sejam 80 empresas exportando para 50 países", afirma. Os setores que mais exportam são calçados, moda, softwares e alimentação. 
Além disso, o diretor executivo da associação, Ricardo Camargo, disse que existe um esforço no setor de franquias para levar as operações a mercados diferentes. Para isso, a ABF está estudando uma parceria com a Associação Paulista de Supermercados, a APAS, para intensificar a instalação de franquias em supermercados. "A ideia é levar as franquias para regiões que não tem shoppings centers, como o interior e a periferia", disse. 
Já pensando nos eventos esportivos que o Brasil deve receber nos próximos anos, a associação está em negociando com a Infraero para facilitar e aumentar a quantidade de franquias instaladas nos aeroportos. Bomeny acredita também que os estádios de futebol tem potencial para receber lojas. "Queremos criar verdadeiros shoppings acoplados aos estádios, o que já é uma tendência no mundo", afirma. No Brasil, já existem franquias de alimentação e de livrarias dentro de alguns estádios, como o Morumbi, em São Paulo. 
O setor de franquias faturou 63 bilhões de reais em 2009 e prevê um crescimento de 18% para 2010. Além disso, os 80 mil pontos de venda atuais devem aumentar em 10% com a chegada de 150 novas empresas franqueadoras. Os setores que mais cresceram em 2009 foram acessórios pessoais e calçados e vestuário. Para este ano, a tendência são os mercados de chocolate, frozen yogurt e serviços em geral.
Fonte: http://portalexame.abril.com.br/pequenas-empresas/noticias/-