quinta-feira, 10 de junho de 2010

Oeste da Bahia deve obter Indicação Geográfica


O Brasil avança a cada dia em novos produtos registrados, mas no momento, poucos estão aprovados com reconhecimento de procedência. Para o Oeste da Bahia, o café deverá ser o primeiro a receber este reconhecimento. Por ser dotado de condições singulares no modo de produção, o interesse é valorizar tal perfil do café arábica da região, conferindo-lhe um registro oficial de como e onde é produzido. Para traduzir melhor o que é este processo, no próximo dia 7 de junho, a Abacafé e a Fundação Dom Cabral promoverão o primeiro seminário sobre Indicação Geográfica do Café do Oeste da Bahia.

Fonte: http://www.cafepoint.com.br

Conhecimento valorizado e mercado nacional em expansão


Não é porque esse novo momento da vitivinicultura nacional se manifesta mais claramente em outras áreas que a Serra está alheia. Além de exportar especialistas, a região se antecipa ao crescimento que a atividade deve ter pela mão desses empreendedores e busca na especialização o seu fortalecimento.

Mesmo que não entendam de uva e vinificação, os novatos do setor não dispensam qualidade. Para isso, precisam de quem entende. A ampliação da procura criou campo para um profissional relativamente novo: o enólogo freelancer. Em vez de se dedicar a uma única vinícola, ele pula de cantina em cantina prestando consultoria em áreas que vão da elaboração da bebida a estratégias de venda. Mas esse trabalho exige experiência, alerta Anderson Schmitz.

– O cliente não vai lhe contratar só pelo que você sabe, mas por aquilo que já fez – defende o sócio da Enovitis, assessoria do ramo sediada
em Monte Belo do Sul.

Quem atua nesse sistema está sujeito a viajar Brasil afora para descobrir a vocação das novas áreas de plantio de uva. Por aqui, enólogos de cantinas familiares fazem o mesmo, com a vantagem de terem a seu dispor vinhas mais antigas, que expressam melhor o potencial de seu terroir (conjunto de condições como clima, solo e altitude que definem as características de um vinho).

Essa experiência está sendo usada para definir especialidades. O Vale dos Vinhedos, por exemplo, já detentor da Indicação de Procedência (IP), deve ver em setembro o sonho da Denominação de Origem (DO) ser realizado. As designações funcionam como atestados de qualidade de seus produtos. E inclusive essa busca da Serra serve de inspiração para quem está começando.

– As novas regiões estão mostrando especificidades, há movimentos de produção direcionada, como a Campanha com os tintos. A Serra aposta nos brancos e espumantes. Há uma análise mais forte do conjunto do terroir. Isso é bom para a cadeia produtiva como um todo – conclui Julio Fante, do Instituto Brasileiro do Vinho.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br