domingo, 6 de junho de 2010

Suspensão de retaliação a produtores americanos de algodão termina em junho

Termina no dia 22 de junho de 2010 o prazo que suspendeu por 60 dias a retaliação brasileira aos produtores de algodão americanos, autorizada no ano passado pela Organização Mundial do Comércio (OMC). A negociação de um memorando de entendimento entre os dois países sobre o contencioso do algodão foi concluída no dia 20 de abril passado.De acordo com informação do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o memorando estabelece um marco jurídico entre Brasil e Estados Unidos que permitirá a criação de um fundo, denominado Instituto Brasileiro de Algodão, cujos recursos serão transferidos pelos americanos para aplicação no setor de cotonicultura brasileiro.
Segundo o Itamaraty, o memorando prevê que os Estados Unidos adotem novos termos para o programa de garantia de crédito à exportação (GSM-102), além de reconhecer Santa Catarina como livre de algumas doenças animais. O governo brasileiro considera que isso ajudará no reconhecimento sanitário da carne brasileira.
O memorando pressupõe que nesses 60 dias os dois governos cheguem a um entendimento sobre a implementação da decisão da OMC, contrária aos subsídios concedidos pelo governo americano aos produtores de algodão locais e ao programa de garantia de crédito à exportação.
A expectativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) é que no início de junho seja sancionada a lei que permite aos representantes escolhidos pela Câmara de Comércio Exterior(Camex) compor o Conselho Gestor do Instituto Brasileiro de Algodão.
O conselho está sendo criado pela Abrapa, com recursos do governo americano, como prevê o acordo bilateral que suspende a retaliação do Brasil aos Estados Unidos. A retaliação foi autorizada ao Brasil, no ano passado, pela Organização Mundial do Comércio (OMC), em função dos subsídios ao algodão praticados pelo governo norte-americano.
O presidente da Abrapa, Haroldo Cunha, lembrou, porém, que o governo brasileiro poderá retomar a retaliação aos Estados Unidos, caso os negociadores daquele país não apresentem uma proposta concreta na próxima reunião bilateral sobre o algodão, hoje (01/06/10) e dia 2, em São Paulo (SP). O valor da retaliação chega a US$ 829 milhões.
O memorando de entendimento firmado entre os dois países previa o ajustamento, pelos americanos, do programa de subsídio à exportação, que somava em torno de US$ 620 milhões. As negociações incluem também a parte de subsídios domésticos, com valor de retaliação de US$ 147 milhões, que depende de aprovação pelo Congresso dos Estados Unidos.
Esses recursos deverão ser aplicados como compensação financeira em um fundo para o setor privado, denominado Instituto Brasileiro de Algodão. As negociações se estenderão até o dia 22 de junho próximo. Nesse período, explicou Cunha, os dois países negociarão um acordo sobre o programa de subsidio de crédito à exportação e os Estados Unidos assumiriam o compromisso de trabalhar no Congresso a questão do subsídio doméstico.
Como o governo brasileiro não pode participar diretamente da gestão do fundo privado, o Instituto Brasileiro de Algodão terá representantes indicados pela Camex. Será uma gestão compartilhada entre a Abrapa e o governo. As atividades mais importantes do instituto americano, serão o controle de pragas e doenças do algodão, como o bicudo; capacitação; transferência de tecnologia; além de programas de inclusão social e ambiental.
Fonte: http://www.agrosoft.org.br/agropag/214499.htm

Agência de fomento de SP atinge US$ 55,6 milhões de desembolso


A Nossa Caixa Desenvolvimento, agência de fomento do governo paulista, atingiu nesta semana o volume de R$ 100 milhões (US$ 55,6 milhões) de desembolso para pequenas e médias empresas no Estado. Criada em março do ano passado, a agência, ligada à Secretaria da Fazenda, e que ficou conhecida como o "BNDES paulista", começou a operar em agosto. A maior parte das operações teve taxa de juros de 0,96% ao mês, com recursos próprios ou repassados pelo BNDES. Cerca de 150 empresas de 25 municípios do Estado usaram as linhas de financiamento para ampliar seus negócios ou comprar equipamentos.
O segmento que mais recebeu recursos foi o de máquinas, ferramentas, peças e acessórios, com 16,4% do total. O de peças para veículos automotores também se destacou, com 16%, segundo o diretor-presidente da agência, Milton Luiz Santos. Fabricação de calçados e embalagens plásticas são segmentos promissores, cuja participação ainda pode aumentar, diz Santos. Outra área, composta por empresas que fabricam para a indústria aeronáutica, em São José dos Campos, ainda pode crescer. "Estão com 1,16% do total de desembolsos. Podem tomar volume de recursos bem maior, mas, como houve retração com a crise, mesmo com a Embraer, essas empresas sofreram."
Fonte: http://www.investe.sp.gov.br/noticias