quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cargill paga R$ 600 milhões por fábrica e marcas de molho de tomate da Unilever


Depois de vender a Seara, multinacional americana buscava novas oportunidades no País; na negociação com a Unilever, que prefere investir em marcas globais, a empresa ficou com os rótulos Pomarola, Tarantella, Elefante e Pomodoro
No primeiro movimento desde a venda da marca Seara para o frigorífico Marfrig, há um ano, a multinacional americana de alimentos Cargill anunciou ontem um acordo estimado em R$ 600 milhões para adquirir a unidade de molhos, polpas e extratos de tomate da anglo-holandesa Unilever no Brasil, tornando-se líder do segmento. Entre as marcas incluídas no negócio estão rótulos tradicionais como Pomarola, Tarantella, Elefante e Pomodoro.
A aquisição inclui as unidades de produtos para o varejo e "food service" (grande consumidores, como restaurantes), além de instalações e da fábrica em Goiânia. As empresas esperam concluir a transação no final deste ano. O acordo estará sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "A aquisição da unidade de produtos de tomate da Unilever exemplifica nosso compromisso de longo prazo com nossos negócios no Brasil", disse, em nota, Sergio Rial, vice-presidente sênior da Cargill.
As especulações sobre a venda da unidade de molhos de tomate da Unilever circulavam há meses no mercado. O mercado comentava que a principal rival da multinacional anglo-holandesa no País - a Hypermarcas, fundada por João Alves de Queiroz Filho, ex-dono da Arisco - poderia vir a comprar as marcas arrematadas pela Cargill. Mas, para a analista Daniela Bretthauer, da Raymond James, o negócio não se enquadraria na estratégia de expansão da Hypermarcas, que prioriza setores de maior valor agregado, como o farmacêutico e o de higiene pessoal. "Acho até bom para a Hypermarcas que ela não tenha comprado (o negócio de molhos), pois o preço me parece um pouco alto", diz.
Segundo Fabiana Fakhoury, diretora da consultoria Alvarez & Marsal, a Unilever vendeu o negócio de molhos porque ele não se encaixava na estratégia da empresa de trabalhar com marcas globais, reduzindo investimentos em marketing e propaganda, por exemplo. "Eram marcas locais, de um mercado em crescimento, mas que não se encaixavam na estratégia", diz Fabiana. De acordo com a Nielsen, o mercado de molhos prontos de tomate cresceu 11,3% ao ano entre 2007 e 2009, de carona no aumento do consumo de produtos prontos pela classe C; na mesma comparação, a venda de polpa e purê de tomate caiu 8,2%.
Variedade. Para a Cargill, entretanto, a expansão do portfólio faz sentido, de acordo com a diretora da Alvarez & Marsal. Não faz diferença, segundo ela, se as marcas são locais, pois a empresa não tem tradição de atender o varejo na maioria de seus mercados. "A Cargill está com dinheiro em caixa desde a venda da Seara para a Marfrig, e dinheiro em caixa nunca é bom - ela já estava sendo pressionada a fazer algum investimento."
Além disso, a analista aponta que os molhos de tomates são um negócio complementar que otimizará a rede de distribuição que a multinacional já montou no Brasil. "A empresa já distribui suas marcas atuais, como Liza, Mazola e Gallo, nos supermercados que venderão esses novos produtos", explica.
Fonte: Mídia Eletrônica - O Estado de São Paulo Online -http://www.estadao.com.br/-

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Brasil e EUA firmam acordo para agilizar registros de drogas

Vigilância pode, agora, decidir com base em dados de órgão regulador americano
As decisões da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre registro e fiscalização de remédios passam agora a considerar relatórios da FDA (Food and Drug Administration), a agência reguladora dos EUA.
Na última sexta-feira, as agências dos dois países assinaram um termo de confidencialidade que garante a troca de informações sobre registro de drogas, equipamentos e fiscalizações.
De acordo com Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Anvisa, a troca de informações não quer dizer que as decisões da FDA serão acatadas pela Anvisa -um medicamento suspenso nos EUA, por exemplo, não será necessariamente retirado do mercado no Brasil.
"Nós teremos acesso ao relatório da FDA e poderemos levar em conta ou não os motivos que fizeram com que eles suspendessem a droga."
Na prática, a Anvisa espera que o processo de aprovação de remédios ou produtos importados fique mais rápido. Hoje, a agência faz, em média, 200 viagens anuais de fiscalizações no exterior. Com o acordo, espera-se que esse número diminua.
"Em vez de irmos fazer uma inspeção no Oriente Médio, podemos nos basear em uma inspeção já feita pelo FDA", diz o diretor.
O acordo é a primeira etapa para o reconhecimento mútuo (a aprovação ou suspensão de remédios em conjunto pelas agências). Mello diz que não há previsão para que isso aconteça.
"Ainda estamos longe disso. Mas, se houver uma padronização, não vejo problemas de isso acontecer."
Para a médica Suely Rozenfeld, professora da ENSP (Escola Nacional de Saúde Pública), da Fiocruz, a rapidez nem sempre deve ser vista com bons olhos na área de vigilância sanitária.
"Há muitas críticas de importantes pesquisadores sobre o modo de operar da FDA. Isso é preocupante."
A agência americana tem, por exemplo, um processo chamado "fast track", usado para acelerar a liberação de drogas ainda em testes.
O diretor da Anvisa afirma que a prática não vai ser reproduzida no Brasil. "Exigimos que os testes sejam completos. É essencial para garantir a eficácia do produto."
Fonte: Mídia Impressa - Folha de São Paulo

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Apple processa fabricante da HyperMac por quebra de patente

A Apple abriu um processo contra a Sanho, fabricante da bateria externa HyperMac para Macs, iPhones, iPods e iPads, sob alegação de violação de patente na utilização dos conectores MagSafe e de 30 pinos do iPhone.
O processo cita quebras de 6 patentes da Apple, entre elas ”Magnetic Connector for Eletronic Device”, ”Connector” e ”Media Player System”, todas registradas no Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos.
O site Apple Insider destaca que a Sanho utiliza os cabos originais reciclados da Apple, deixando isso claro em seu site.
Nilay Patel, escrevendo para o site Engadget lembra que a HyperMac sempre afirmou utilizar conectores MagSafe originais da Apple, o que torna bem estranho que a utilização não fosse legal. O Patel acredita que isso pode ser uma retaliação pela Sanho não ter entrado para o programa “Made for iPhone/iPod/iPad” da empresa.
Mídia Eletrônica: Geek -http://ndauer.geek.com.br/-

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Marcas e patentes devem movimentar R$ 300 milhões em 2010


A marca é o ativo mais valioso de uma empresa e, apesar de nem todos darem a devida importância a ela, este fato está mudando, como comprovam os números do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Nos últimos cinco anos, os pedidos no INPI tiveram um aumento médio de 50%, chegando, no primeiro semestre deste ano, a mais de 25 mil novos pedidos de marcas e mais de 8.000 de patentes. A estimativa é que este mercado gere para o INPI, em 2010, R$ 300 milhões.
De acordo com o CEO da PatCorp, empresa especializada em registros de marcas e patentes, Carlos E. Borghi Fernandes, este crescimento sofreu uma ligeira queda no ano passado motivada pelos reflexos da crise econômica internacional, mas as circunstâncias, neste momento, sinalizam crescimento. “Esse número de registros compreende registros nacionais e, sobretudo, internacionais, vindos da Europa, China e de outros países asiáticos. Em relação à região metropolitana de Campinas, a estimativa é que sua participação represente 12% deste mercado”.
Mas não é apenas para a economia brasileira que esse mercado é importante. Para quem deseja ter o próprio negócio, é essencial proteger o nome da empresa ou requerer a patente de sua invenção. Sem estes registros, o empresário corre grave risco de ver seu concorrente usar e registrar para si a marca ou postular a patente do invento, tornando-se titular de um patrimônio para o qual não contribuiu, podendo, inclusive, impedir que o verdadeiro idealizador da marca ou da patente venha a utilizá-los.
“A proteção às marcas e patentes é essencial ao desenvolvimento científico e tecnológico do país e fundamental para o empresário sério que deseja crescer de maneira sustentável”, explica Borghi. Ainda de acordo com ele, em muitos casos, as falhas nos registros de marcas e patentes ocorrem devido à falta de informação.
Um erro grave cometido por empresários é o de requerer o registro de qualquer expressão sem os devidos cuidados. Além disso, muitos solicitam o registro da marca após a constituição da empresa, sendo que a verificação quanto à disponibilidade da marca deve ser anterior a este ato.
Um recente exemplo que dá mostras de quanta atenção se deve dar ao assunto, dentre inúmeros, é o da General Motors, que lançou o carro Beretta, mesmo nome de uma marca de armas existente desde 1526. A consequência foi uma multa de US$ 50 mil, além de não poder mais fazer uso do nome. Esse mesmo caso, se fosse analisado sob as leis norte-americanas ou até mesmo da Comunidade Europeia, blocos que dão, hoje, maior amplitude para fatos do gênero, seguramente, os números para a empresa infratora, em termos de multa, seriam bem mais substanciais.
“O site do INPI permite ao usuário que ele mesmo faça a pesquisa da marca que pretende registrar. Muitas vezes, ao procurar por um nome, o relatório de busca revela a existência de inúmeros outros, e o interessado desiste de requerer o registro por falta de conhecimento técnico. Em algumas situações, encontra uma quantidade enorme de aparentes obstáculos, que, na verdade, poderiam ser contornados, e em outras, encontra obstáculos intransponíveis no decorrer do processo, o que lhe acaba resultando em prejuízos, pois, muitas vezes, ele se verá obrigado a deixar de usar a marca, além de incorrer em gastos com contratação de honorários de advogados. Isso quando não se destinarem ao pagamento de multas em consequência de ações judiciais movidas pelos verdadeiros titulares das marcas”, finaliza Borghi.
Sobre a PatCorp
A PatCorp é uma empresa especializada em registros de marcas e patentes, formada por advogados dotados de reconhecida formação na área da propriedade industrial que se dedicam à prestação de serviços administrativos, legais e de consultoria.
A empresa, sediada em Campinas, atua junto a várias entidades corporativas, oferecendo os mais diversos tipos de atendimento, como pedidos de registro de marcas, pagamentos de taxas de manutenção e anuidades de patentes e renovações de registros de marcas, contratos, desenhos industriais, avaliações de marcas e softwares.
Os atendimentos da PatCorp são administrados por sistemas operacionais desenvolvidos por técnicos com larga experiência no campo da propriedade industrial. A prática corporativa e comercial inclui, ainda, a análise e a preparação de todas as formas de acordos comerciais para aplicação no Brasil ou no exterior.
Fonte: Mídia Eletrônica: Rede Notícia -http://www.redenoticia.com.br/-