sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Inmetro convida para o Ciclo de Oficinas em Propriedade Intelectual

O Inmetro adotou como uma das estratégias para apoiar as atividades
inovadoras nas micro e pequenas empresas, a difusão da cultura da inovação,
com a realização de Oficinas de Propriedade Intelectual e de Transferência
de Tecnologia, para apresentar às empresas os conceitos e as noções básicas
relacionadas à inovação e a sua apropriação como ativo intangível voltado ao
crescimento sustentável e a competitividade.
Para participar do evento acesse o site: 
http://eventos. inmetro.net. br/oficina/ 


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Escritórios elaboram guia para investimento no Brasil


A Câmara de Comércio Americana (Amcham) em parceria com vários escritórios de advocacia publicou nesta semana 13 guias destinados a estrangeiros que queiram fazer negócios no Brasil. As bancas foram convidadas para participar do projeto de acordo com a sua especialização. A série é produzida em inglês e abrange uma variedade de temas como abertura de empresas, proteção à propriedade intelectual, contratos com órgãos governamentais, como obter financiamento. O material deverá ser distribuído para todas as embaixadas brasileiras no mundo.
O escritório Pires Advogados & Consultores foi o responsável pela elaboração do guia sobre licença ambiental. O advogado Ivon Pires, que desde 1986 estuda Direito Ambiental e Internacional, conta que há grande concorrência entre as empresas americanas pelos melhores negócios por aqui. Ele acompanhou a última missão promovida pela Amcham para os Estados Unidos e se surpreendeu com o entusiasmo com que o estrangeiro busca informações sobre o Brasil. “Além de ser um reconhecimento do trabalho feito pelo escritório, é uma possibilidade de aumentar o escopo de trabalho com a atração de clientes para novos negócios”, completa.
Propriedade intelectual
Outro assunto de grande interesse para estrangeiros é propriedade intelectual e Direito Esportivo. Com dois grandes eventos como Copa e Olimpíadas o conhecimento sobre essa parte da legislação também estará em alta. No guia, o sócio 
Gabriel di Blasi do escritório Di Blasi, Parente, Vaz e Dias & Associados faz uma análise positiva dos assuntos. “O Brasil já possui uma legislação bastante avançada. São leis que oferecem uma proteção bastante eficaz para propriedade intelectual, e na que trata de Direito Autoral alguns pontos ainda estão sendo revistos”, afirma.
Para o advogado, o trabalho feito com os guias é uma via de mão dupla. “A importância é de estar vinculado a Amcham conhecida mundialmente a possibilidade de oferecer para as empresas que estão interessadas em investir no Brasil informações sobre o Direito esportivo e Propriedade Intelectual. Ao mesmo tempo também é uma boa oportunidade de estar vinculada ao escritório”, diz. Ele destaca que o assunto está sendo bem tratado no Brasil com as Varas Especializadas no Rio de Janeiro. “O Judiciário também tem que estar preparado para dirimir estes conflitos”, completa.
Por MARIANA GHIRELLO
Fonte: http://www.conjur.com.br


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sistemas biométricos de identificação são "intrinsecamente falíveis", diz relatório


Molly Galvin*
Os sistemas biométricos de identificação são "intrinsecamente falíveis" e, por isso, não podem ser utilizados como forma única para definir a identidade de alguém.
A conclusão é de um grupo de pesquisadores que fez um estudo para o Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos.
Sistemas biométricos
Sistemas biométricos são projetados para reconhecer os indivíduos automaticamente com base em características biológicas e comportamentais, tais como impressões digitais, impressões palmares e reconhecimento facial ou de voz.
Mas os cientistas concluíram que não existe nenhuma característica biológica única estável e realmente distinta ao longo de todos os grupos populacionais.
"Por quase 50 anos, as promessas da biometria têm ficado além da aplicação prática da tecnologia," disse Joseph N. Pato, coordenador da comissão que redigiu o relatório. "Embora alguns sistemas biométricos possam ser eficazes para tarefas específicas, eles não são nem de longe infalíveis como o imaginário popular acredita. Mais pesquisas científicas são essenciais para se obter um entendimento completo das vantagens e das limitações desses sistemas."
Os sistemas biométricos estão sendo cada vez mais utilizados para controlar o acesso a edifícios, informações e outros direitos ou benefícios, mas ainda existem dúvidas quanto à sua eficácia como um mecanismo de segurança ou vigilância.
Falhas da biometria
Os sistemas biométricos não são infalíveis porque proporcionam "resultados probabilísticos", o que significa que a confiança nos resultados deve ser temperada por uma compreensão da incerteza inerente a qualquer sistema, diz o relatório.
O documento ressalta que, quando a probabilidade de um impostor é rara, mesmo sistemas com sensores bastante precisos e grande capacidade de correspondência podem apresentar uma alta taxa de falsos alarmes.
Isso pode aumentar os custos ou até mesmo ser perigoso nos sistemas concebidos para proporcionar maior segurança - por exemplo, os operadores poderão tornar-se relaxados ao lidar com possíveis ameaças.
O relatório identifica diversas fontes de incerteza nos sistemas biométricos que precisam ser considerados no projeto e na operação desses sistemas.
Por exemplo, as características biométricas podem variar ao longo da vida de um indivíduo devido à idade, ao estresse, a doenças ou outros fatores. Questões técnicas, ligadas à calibração dos sensores, à degradação dos dados e violações de segurança também contribuem para a variabilidade nesses sistemas.
Cuidados na implantação da identificação biométrica
Os sistemas biométricos devem ser projetados e avaliados em relação aos seus fins específicos e aos contextos em que eles estão sendo usados, diz o relatório. Considerações em nível de sistema são fundamentais para o êxito da implementação das tecnologias biométricas.
Sua eficácia depende de inúmeros fatores, como da competência dos operadores humanos, como acontece na tecnologia subjacente, da engenharia e dos regimes de testes, o que exige o uso de processos bem articulados para gerir e corrigir esses problemas.
O relatório destaca que deve-se fazer uma uma análise muito criteriosa quando se utilizar o reconhecimento biométrico como um componente de um sistema de segurança mais amplo, levando em conta os méritos e os riscos do reconhecimento biométrico de identificação em relação a outras tecnologias de autenticação.
Dados públicos
Qualquer sistema biométrico selecionado para fins de segurança deve ser submetido a uma avaliação de risco minuciosa para determinar a sua vulnerabilidade frente a ataques deliberados.
A confiabilidade do processo de reconhecimento biométrico também não pode depender do sigilo dos dados, já que os traços biométricos de um indivíduo podem ser conhecidos ou acessados publicamente.
Além disso, os procedimentos de triagem secundária, que são utilizados em caso de falha do sistema, deve ser tão bem concebidos quanto os sistemas primários, diz o relatório.
* Molly Galvin escreve para a National Academy of Sciences  (EUA)
Fonte: Inovação Tecnológica -http://www.inovacaotecnologica.com.br/-

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Marcas de luxo fazem parceria para lançar whisky mais caro do mundo

A marca de whisky Macallan se uniu à tradicional fabricante de produtos em cristal Lalique para lançar um produto exclusivo: o Cire Perdue. Trata-se de uma edição especial do malte, de 65 anos, colocada em um frasco de luxo da Lalique, especialmente preparado para a ocasião, em comemoração dos 150 anos do nascimento de René Lalique, fundador da Lalique. O Cire Perdue custará US$ 150 mil (o equivalente a aproximadamente R$ 260 mil).
O frasco foi desenvolvido para armazenar a bebida, a mais cara até hoje desenvolvida pela Macallan. Para a comemoração do aniversário da marca, a única unidade do produto será leiloada no dia 15 de novembro na Sotheby´s de Nova York. A quantia arrecadada com a venda da bebida seré totalmente revertida para a Charity Water, ONG que realiza um trabalho de levar água potável à comunidades de países subdesenvolvidos. 
Até o dia do leilão, o produto viajará por diversas cidades do mundo, como Paris, Madri, Londres, Moscou, Shangai e Tokio, para participar de exposições. Sobre a ação, David Cox, diretor da Macallan, comenta: “Esse projeto extraordinário nasceu de uma parceria entre nós e a Lalique, que tem um trabalho de design brilhante. Decidimos juntos doar o valor da venda desse produto maravilhoso para a Charity Water. É sempre muito bom poder ajudar os outros”. Por sua vez, Silvio Denz, CEO da Lalique, diz: “Nós estamos muito orgulhosos dessa parceria e por poder ajudar os mais necessitados com a ação”.
Fonte: Globo Rural -http://revistapegn.globo.com/-

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Energia solar e eólica podem encerrar era do petróleo, diz Nobel


A continuidade da pesquisa e desenvolvimento no campo das energias alternativas poderá resultar em uma nova era na história humana, em que duas fontes de energia renovável - a energia solar e a energia eólica - vão se tornar as principais fontes de energia na Terra.
A opinião contundente não é de nenhum ambientalista de plantão, mas do Prêmio Nobel de Química de 1998, Walter Kohn.
Falando a uma plateia seleta na Sociedade Americana de Química, Kohn destacou que petróleo e gás natural abastecem hoje cerca de 60 por cento do consumo global de energia.
Para ele, essa tendência deverá crescer ainda por um período de 10 a 30 anos, seguindo-se um rápido declínio no consumo de combustíveis fósseis.
Desafios energéticos
"Essas tendências têm criado dois desafios sem precedentes em nível global," disse Kohn. "Um é a ameaça global de escassez de energia, o que é até aceitável. O outro é o perigo iminente, este inaceitável, do aquecimento global e suas consequências."
Kohn observou que estes desafios exigem uma ampla variedade de respostas. "A mais óbvia é a continuidade do progresso científico e tecnológico, criando fontes alternativas de energia que sejam abundantes, acessíveis, seguras, limpas e livres de carbono," disse ele.
Como os desafios são globais por natureza, o trabalho científico e tecnológico deverá ter um máximo de cooperação internacional, que felizmente está começando a evoluir, disse ele.
Era do Sol/Vento
Na última década, a produção mundial de energia fotovoltaica multiplicou-se por um fator de 90, e a energia eólica por um fator de cerca de 10.
Kohn espera a continuidade do crescimento vigoroso dessas duas energias efetivamente inesgotáveis durante a próxima década e além, levando assim a uma nova era, a "era do Sol/Vento", como ele chama, substituindo a era do petróleo.
Outra questão importante, segundo ele, que compete principalmente aos países desenvolvidos, cuja população praticamente se estabilizou, é a redução no consumo de energia per capita.
"Um exemplo marcante disso é o consumo per capita de gasolina nos Estados Unidos, cerca de 5 vezes superior à média global", disse ele. "O mundo menos desenvolvido, compreensivelmente, pretende trazer seu padrão de vida a um nível semelhante ao dos países altamente desenvolvidos; em contrapartida, eles devem estabilizar suas populações crescentes."
Fonte: Mídia Eletrônica - Inovação Tecnológica -http://www.inovacaotecnologica.com.br/-

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Japão lidera lista de seis países na vanguarda tecnológica das renováveis

O Japão lidera uma lista de seis países que estão na vanguarda tecnológica das energias limpas, revela um estudo divulgado pelas Nações Unidas. 
Da lista fazem ainda parte a França, a Alemanha, o Reino Unido, os Estados Unidos e a Coreia do Sul, que concentram quase 80 por cento das patentes no campo das energias amigas do ambiente. 
O estudo, conduzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, pelo Instituto Europeu de Patentes e pelo Centro Internacional para o Comércio e Desenvolvimento Sustentável, incidiu em quase 400 mil documentos de patentes e pretendeu examinar o efeito da transferência no mundo dessas tecnologias limpas, incluindo a fotovoltaica, a geotérmica e a captação de carbono. 
O relatório "Patentes e Energia Limpa" contém ainda a primeira avaliação das práticas licenciadas de energias alternativas. 
Segundo o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner, "o desafio agora está em encontrar caminhos cujos avanços possam ser difundidos, espalhados e transferidos para toda a parte, para que os benefícios para a economia e para o ambiente possam ser partilhados por muitos em vez de por poucos". 
Fonte: SIC Notícias -http://sic.sapo.pt/-            

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Como obter marcas e patentes no Brasil e nos Estados Unidos

Se você criou algo novo (uma logomarca ou tecnologia), o primeiro passo é buscar a proteção no INPI. Mas, caso você queira exportar, é fundamentar buscar seus direitos também no exterior
Se você criou algo novo (uma logomarca ou tecnologia), o primeiro passo é buscar a proteção no INPI. Mas, caso você queira exportar, é fundamentar buscar seus direitos também no exterior. Ficou interessado? Então compareça ao evento que mostrará, em três capitais brasileiras, entre os dias 6 e 8 de outubro, como obter marcas e patentes tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. E não perca a chance que muitos brasileiros desperdiçaram.
O primeiro evento do Roadshow INPI-USPTO será no dia 6 de outubro, em Brasília (DF), das 9h às 13h. Em seguida, no dia 7, é a vez de Belo Horizonte (MG), das 14h30 às 18h30. A última etapa será em São Paulo, no dia 8, das 9h às 13h.
A inscrição para qualquer um dos eventos poderá ser feita aqui. Para mais informações, entre em contato com o INPI pelo telefone (21) 2139-3089.
O caso de patentes revela quantas oportunidades os brasileiros deixaram de aproveitar. Em 2008, por exemplo, cerca de sete mil patentes foram solicitadas ao INPI por inventores nacionais. No mesmo ano, o Escritório Americano de Marcas e Patentes (USPTO) recebeu apenas 442 pedidos de patentes feitos por brasileiros.
Como a proteção das patentes vale apenas no território em que elas são concedidas, mesmo que os brasileiros conquistem o direito no INPI em todos os casos, mais de 90% destas tecnologias estarão em domínio público nos Estados Unidos. Portanto, é importante buscar a proteção tanto no Brasil quanto no exterior.
Para facilitar esta tarefa, o INPI atua como Autoridade Internacional de Busca e Exame Preliminar de Patentes. Com isso, fica mais fácil e barato para que os inventores brasileiros possam fazer seus depósitos internacionais de patentes, já que ele poderá ser feito diretamente no INPI e em português. Em seguida, com os relatórios, o cidadão poderá decidir se é viável fazer a solicitação em outros países.
Fonte: Export News -http://www.exportnews.com.br/-

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Como aumentar as inovações?


A produtividade das empresas brasileiras é bem menor do que a das americanas, europeias e coreanas. Um relatório recente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostra que a produtividade das empresas brasileiras (não explicada por máquinas e trabalhadores) é metade das americanas, o que contribui para que o PIB per capita do Brasil seja apenas 20% do americano. Na América Latina, as empresas brasileiras são mais parecidas com as colombianas e mexicanas em termos de eficiência, ainda distantes das líderes chilenas. Por que a produtividade das firmas brasileiras é tão baixa?
Muitas empresas brasileiras, principalmente as familiares e as protegidas da concorrência, adotam práticas gerenciais ultrapassadas. Mas, um dos principais fatores responsáveis pela menor produtividade das firmas brasileiras é sua reduzida quantidade de inovações, tanto no produto final como no processo produtivo. Os dados de patentes ilustram bem o atraso brasileiro na produção de novas técnicas. Em 2009 as empresas brasileiras obtiveram apenas 146 novas patentes nos Estados Unidos, ao passo que as coreanas conseguiram 9.400 e as americanas 93.700. Isso ocorre em grande parte devido aos baixos gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) realizados no Brasil. Enquanto o Brasil gasta apenas 1,1% do PIB com P&D, os EUA gastam 2,6% e a Coreia 3,2%, ao passo que Japão e Finlândia atingem quase 3,5%. Além disso, menos da metade do valor gasto com P&D no Brasil ocorre no setor privado.
O montante reduzido de gastos privados em P&D, por sua vez, reflete em grande parte o baixo nível educacional dos trabalhadores brasileiros. Como se sabe, a qualidade da educação oferecida aos jovens brasileiros está entre as mais baixas do mundo. Além disso, no Brasil somente 8% dos formados com nível superior são engenheiros, ao passo que na Coreia eles representam 25%. Apesar do número de doutores brasileiros ter crescido substancialmente nos últimos anos, apenas 12% obteve seu título nas áreas de engenharia e informática em 2009. Ou seja, há carência de jovens profissionais atuando nas áreas tecnológicas.
No Brasil, menos de 1/4 dos cientistas estão nas empresas. Nos EUA, 80% deles trabalham no setor privado
Em contrapartida, o número de artigos científicos publicados por brasileiros representa 54% do total publicado na América Latina e 2,63% do mundo. Dado que nossa produção científica não é tão baixa, tendo em vista o pequeno número de doutores formados todos os anos, porque nossas empresas não aplicam as ideias geradas pela academia para a produção de novas técnicas? Ocorre que no Brasil, menos de 1/4 dos cientistas trabalham em empresas, enquanto na Coreia metade deles está no setor privado e nos EUA são 80%. Uma parcela substancial das patentes e dos pesquisadores brasileiros está concentrada em apenas três empresas: Petrobras, Embrapa e Fiocruz. Há no Brasil uma distância enorme entre as empresas e as universidades para a produção de conhecimento aplicado.
Parte disto ocorre por razões históricas. A Coreia buscou integrar as universidades, os institutos de pesquisa e as empresas privadas em torno de um esforço de desenvolvimento tecnológico, voltado para ganhos de eficiência e exportações, ao mesmo tempo em que investia pesadamente numa educação de qualidade para sua população. Já o desenvolvimento industrial no Brasil sempre ocorreu com muita proteção. Como não havia a preocupação de competir no mercado externo, a maior parte das empresas brasileiras não buscava melhorar continuamente seus processos de gestão e inovação. Além disso, a industrialização brasileira foi baseada em máquinas e equipamentos, deixando de lado a educação. As coisas começaram a mudar com a abertura comercial, que forçou a competição com empresas mais eficientes de outros países.
Para tentar superar o problema da falta de inovações, o governo tem produzido diversos planos de ação e novas leis. Entre eles destacam-se o Plano de Ação em Ciência e Tecnologia, o Plano de Desenvolvimento da Produtividade, a lei da inovação, a lei do bem, além de várias políticas conduzidas pela Finep e pelo BNDES. As novas leis basicamente introduzem uma série de incentivos fiscais para empresas que gastam com P&D e inovação. Apesar de todo esse aparato legal, as empresas que mais acessam esse sistema de incentivos são as grandes empresas consolidadas, que não precisariam de incentivos para investir em P&D. O que está errado então?
Novas ideias muitas vezes surgem em microempresas, com jovens empreendedores desenvolvendo novos produtos. Essas empresas informais e mesmo as formais que operam pelo sistema de lucro presumido, não conseguem ter acesso a vários dos programas de incentivos do governo, que funcionam com base no desconto do imposto de renda a pagar. Além disso, a complexidade do sistema tributário brasileiro prejudica a expansão das firmas mais produtivas e eficientes. Por fim, várias empresas ineficientes sobrevivem graças a favores do governo e concessão de subsídios. É preciso simplificar o sistema tributário, melhorar a logística, aumentar a competição nos mercados e mudar as leis de inovação para que pequenas empresas com grandes ideias consigam sobreviver, inovar e expandir, levando eficiência para o resto da economia.
*Naercio Menezes Filho, professor titular - Cátedra IFB e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper e professor associado da FEA-USP, escreve mensalmente às sextas-feiras. 
Fonte: Mídia Impressa - Valor Econômico

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Novo processo utiliza fermento geneticamente modificado para aprisionar CO2. Pesquisadores do MIT utilizam processo biológico pra transformar dióxido de carbono em tijolos.

Um novo método desenvolvido no MIT copia o mecanismo de organismos que constroem conchas e pode ser nova maneira de aprisionar dióxido de carbono e diminuir os problemas do Efeito Estufa aumentado pela ação humana.
Em uma época em que o aquecimento global se tornou conhecido e divulgado, muitos pesquisadores tentam fazer a sua parte para diminuir os efeitos do efeito estufa no planeta. Exemplos são os projetos de pesquisadores de Liverpool, que desenvolveram a água seca, e dos laboratórios Sandia, que fizeram uma máquina que transforma dióxido de carbono em combustível.
A tarefa é, sem dúvida complicada, principalmente em grande escala. Talvez por isso, a engenheira do MIT – Massachussets Institute of Technology, Angela Belcher, pense em transformar CO2 em tijolos de construção.
Para isso, Belcher e seus alunos de graduação modificaram os genes de um tipo de levedura de fermento de pão, para que expressem características semelhantes a muitos organismos marinhos, que constroem conchas de carbonato de cálcio, conta o site PopSci. O dióxido de carbono é borbulhado em água e, então, combinado com íons minerais para produzir compostos sólidos. As enzimas do fermento ajudam no processo.
O interessante é que a descoberta pode ajudar de duas formas, retirando CO2 da atmosfera e diminuindo as quantidade do gás que são emitidas na fabricação de tijolos.
O site PopSci ainda lembra que Belcher e seus alunos não foram os primeiros a conseguir transformar moléculas de CO2 em sólidos, mas foram os primeiros a provar que é possível utilizar um processo biológico.
De acordo com a pesquisadora, cada 0,5 kg de CO2 utilizado pode gerar cerca de 1 kg de carbonato. Assim, caso o processo possa ser reproduzido em grande escala, pode ser uma ótima medida para aprisionar moléculas de dióxido de carbono – na excelente razão de 2:1 – e, ao mesmo tempo, ajudar na construção civil.
Mídia Eletrônica: Geek -http://ndauer.geek.com.br/-

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cargill paga R$ 600 milhões por fábrica e marcas de molho de tomate da Unilever


Depois de vender a Seara, multinacional americana buscava novas oportunidades no País; na negociação com a Unilever, que prefere investir em marcas globais, a empresa ficou com os rótulos Pomarola, Tarantella, Elefante e Pomodoro
No primeiro movimento desde a venda da marca Seara para o frigorífico Marfrig, há um ano, a multinacional americana de alimentos Cargill anunciou ontem um acordo estimado em R$ 600 milhões para adquirir a unidade de molhos, polpas e extratos de tomate da anglo-holandesa Unilever no Brasil, tornando-se líder do segmento. Entre as marcas incluídas no negócio estão rótulos tradicionais como Pomarola, Tarantella, Elefante e Pomodoro.
A aquisição inclui as unidades de produtos para o varejo e "food service" (grande consumidores, como restaurantes), além de instalações e da fábrica em Goiânia. As empresas esperam concluir a transação no final deste ano. O acordo estará sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "A aquisição da unidade de produtos de tomate da Unilever exemplifica nosso compromisso de longo prazo com nossos negócios no Brasil", disse, em nota, Sergio Rial, vice-presidente sênior da Cargill.
As especulações sobre a venda da unidade de molhos de tomate da Unilever circulavam há meses no mercado. O mercado comentava que a principal rival da multinacional anglo-holandesa no País - a Hypermarcas, fundada por João Alves de Queiroz Filho, ex-dono da Arisco - poderia vir a comprar as marcas arrematadas pela Cargill. Mas, para a analista Daniela Bretthauer, da Raymond James, o negócio não se enquadraria na estratégia de expansão da Hypermarcas, que prioriza setores de maior valor agregado, como o farmacêutico e o de higiene pessoal. "Acho até bom para a Hypermarcas que ela não tenha comprado (o negócio de molhos), pois o preço me parece um pouco alto", diz.
Segundo Fabiana Fakhoury, diretora da consultoria Alvarez & Marsal, a Unilever vendeu o negócio de molhos porque ele não se encaixava na estratégia da empresa de trabalhar com marcas globais, reduzindo investimentos em marketing e propaganda, por exemplo. "Eram marcas locais, de um mercado em crescimento, mas que não se encaixavam na estratégia", diz Fabiana. De acordo com a Nielsen, o mercado de molhos prontos de tomate cresceu 11,3% ao ano entre 2007 e 2009, de carona no aumento do consumo de produtos prontos pela classe C; na mesma comparação, a venda de polpa e purê de tomate caiu 8,2%.
Variedade. Para a Cargill, entretanto, a expansão do portfólio faz sentido, de acordo com a diretora da Alvarez & Marsal. Não faz diferença, segundo ela, se as marcas são locais, pois a empresa não tem tradição de atender o varejo na maioria de seus mercados. "A Cargill está com dinheiro em caixa desde a venda da Seara para a Marfrig, e dinheiro em caixa nunca é bom - ela já estava sendo pressionada a fazer algum investimento."
Além disso, a analista aponta que os molhos de tomates são um negócio complementar que otimizará a rede de distribuição que a multinacional já montou no Brasil. "A empresa já distribui suas marcas atuais, como Liza, Mazola e Gallo, nos supermercados que venderão esses novos produtos", explica.
Fonte: Mídia Eletrônica - O Estado de São Paulo Online -http://www.estadao.com.br/-

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Brasil e EUA firmam acordo para agilizar registros de drogas

Vigilância pode, agora, decidir com base em dados de órgão regulador americano
As decisões da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre registro e fiscalização de remédios passam agora a considerar relatórios da FDA (Food and Drug Administration), a agência reguladora dos EUA.
Na última sexta-feira, as agências dos dois países assinaram um termo de confidencialidade que garante a troca de informações sobre registro de drogas, equipamentos e fiscalizações.
De acordo com Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Anvisa, a troca de informações não quer dizer que as decisões da FDA serão acatadas pela Anvisa -um medicamento suspenso nos EUA, por exemplo, não será necessariamente retirado do mercado no Brasil.
"Nós teremos acesso ao relatório da FDA e poderemos levar em conta ou não os motivos que fizeram com que eles suspendessem a droga."
Na prática, a Anvisa espera que o processo de aprovação de remédios ou produtos importados fique mais rápido. Hoje, a agência faz, em média, 200 viagens anuais de fiscalizações no exterior. Com o acordo, espera-se que esse número diminua.
"Em vez de irmos fazer uma inspeção no Oriente Médio, podemos nos basear em uma inspeção já feita pelo FDA", diz o diretor.
O acordo é a primeira etapa para o reconhecimento mútuo (a aprovação ou suspensão de remédios em conjunto pelas agências). Mello diz que não há previsão para que isso aconteça.
"Ainda estamos longe disso. Mas, se houver uma padronização, não vejo problemas de isso acontecer."
Para a médica Suely Rozenfeld, professora da ENSP (Escola Nacional de Saúde Pública), da Fiocruz, a rapidez nem sempre deve ser vista com bons olhos na área de vigilância sanitária.
"Há muitas críticas de importantes pesquisadores sobre o modo de operar da FDA. Isso é preocupante."
A agência americana tem, por exemplo, um processo chamado "fast track", usado para acelerar a liberação de drogas ainda em testes.
O diretor da Anvisa afirma que a prática não vai ser reproduzida no Brasil. "Exigimos que os testes sejam completos. É essencial para garantir a eficácia do produto."
Fonte: Mídia Impressa - Folha de São Paulo

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Apple processa fabricante da HyperMac por quebra de patente

A Apple abriu um processo contra a Sanho, fabricante da bateria externa HyperMac para Macs, iPhones, iPods e iPads, sob alegação de violação de patente na utilização dos conectores MagSafe e de 30 pinos do iPhone.
O processo cita quebras de 6 patentes da Apple, entre elas ”Magnetic Connector for Eletronic Device”, ”Connector” e ”Media Player System”, todas registradas no Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos.
O site Apple Insider destaca que a Sanho utiliza os cabos originais reciclados da Apple, deixando isso claro em seu site.
Nilay Patel, escrevendo para o site Engadget lembra que a HyperMac sempre afirmou utilizar conectores MagSafe originais da Apple, o que torna bem estranho que a utilização não fosse legal. O Patel acredita que isso pode ser uma retaliação pela Sanho não ter entrado para o programa “Made for iPhone/iPod/iPad” da empresa.
Mídia Eletrônica: Geek -http://ndauer.geek.com.br/-

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Marcas e patentes devem movimentar R$ 300 milhões em 2010


A marca é o ativo mais valioso de uma empresa e, apesar de nem todos darem a devida importância a ela, este fato está mudando, como comprovam os números do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Nos últimos cinco anos, os pedidos no INPI tiveram um aumento médio de 50%, chegando, no primeiro semestre deste ano, a mais de 25 mil novos pedidos de marcas e mais de 8.000 de patentes. A estimativa é que este mercado gere para o INPI, em 2010, R$ 300 milhões.
De acordo com o CEO da PatCorp, empresa especializada em registros de marcas e patentes, Carlos E. Borghi Fernandes, este crescimento sofreu uma ligeira queda no ano passado motivada pelos reflexos da crise econômica internacional, mas as circunstâncias, neste momento, sinalizam crescimento. “Esse número de registros compreende registros nacionais e, sobretudo, internacionais, vindos da Europa, China e de outros países asiáticos. Em relação à região metropolitana de Campinas, a estimativa é que sua participação represente 12% deste mercado”.
Mas não é apenas para a economia brasileira que esse mercado é importante. Para quem deseja ter o próprio negócio, é essencial proteger o nome da empresa ou requerer a patente de sua invenção. Sem estes registros, o empresário corre grave risco de ver seu concorrente usar e registrar para si a marca ou postular a patente do invento, tornando-se titular de um patrimônio para o qual não contribuiu, podendo, inclusive, impedir que o verdadeiro idealizador da marca ou da patente venha a utilizá-los.
“A proteção às marcas e patentes é essencial ao desenvolvimento científico e tecnológico do país e fundamental para o empresário sério que deseja crescer de maneira sustentável”, explica Borghi. Ainda de acordo com ele, em muitos casos, as falhas nos registros de marcas e patentes ocorrem devido à falta de informação.
Um erro grave cometido por empresários é o de requerer o registro de qualquer expressão sem os devidos cuidados. Além disso, muitos solicitam o registro da marca após a constituição da empresa, sendo que a verificação quanto à disponibilidade da marca deve ser anterior a este ato.
Um recente exemplo que dá mostras de quanta atenção se deve dar ao assunto, dentre inúmeros, é o da General Motors, que lançou o carro Beretta, mesmo nome de uma marca de armas existente desde 1526. A consequência foi uma multa de US$ 50 mil, além de não poder mais fazer uso do nome. Esse mesmo caso, se fosse analisado sob as leis norte-americanas ou até mesmo da Comunidade Europeia, blocos que dão, hoje, maior amplitude para fatos do gênero, seguramente, os números para a empresa infratora, em termos de multa, seriam bem mais substanciais.
“O site do INPI permite ao usuário que ele mesmo faça a pesquisa da marca que pretende registrar. Muitas vezes, ao procurar por um nome, o relatório de busca revela a existência de inúmeros outros, e o interessado desiste de requerer o registro por falta de conhecimento técnico. Em algumas situações, encontra uma quantidade enorme de aparentes obstáculos, que, na verdade, poderiam ser contornados, e em outras, encontra obstáculos intransponíveis no decorrer do processo, o que lhe acaba resultando em prejuízos, pois, muitas vezes, ele se verá obrigado a deixar de usar a marca, além de incorrer em gastos com contratação de honorários de advogados. Isso quando não se destinarem ao pagamento de multas em consequência de ações judiciais movidas pelos verdadeiros titulares das marcas”, finaliza Borghi.
Sobre a PatCorp
A PatCorp é uma empresa especializada em registros de marcas e patentes, formada por advogados dotados de reconhecida formação na área da propriedade industrial que se dedicam à prestação de serviços administrativos, legais e de consultoria.
A empresa, sediada em Campinas, atua junto a várias entidades corporativas, oferecendo os mais diversos tipos de atendimento, como pedidos de registro de marcas, pagamentos de taxas de manutenção e anuidades de patentes e renovações de registros de marcas, contratos, desenhos industriais, avaliações de marcas e softwares.
Os atendimentos da PatCorp são administrados por sistemas operacionais desenvolvidos por técnicos com larga experiência no campo da propriedade industrial. A prática corporativa e comercial inclui, ainda, a análise e a preparação de todas as formas de acordos comerciais para aplicação no Brasil ou no exterior.
Fonte: Mídia Eletrônica: Rede Notícia -http://www.redenoticia.com.br/-

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Brasileira SuperBAC leva ao Oriente Médio sistema para retirar hidrocarbonetos de água de campos de petróleo

A empresa brasileira de biotecnologia SuperBAC desenvolveu, em parceria com a petrolífera portuguesa Partex, um sistema para retirar hidrocarbonetos da água presente nos campos de petróleo. O sistema, que elimina até 98% dos hidrocarbonetos e permite o reuso da água, está sendo instalado em poços de Omã. 
“Quando a instalação estiver completa, o que acontecerá dentro de 9 a 12 meses, poderemos tratar cerca de 700 mil metros cúbicos de água por dia”, diz Luís Chacon, presidente da SuperBAC. 
Atualmente o projeto está em fase pré-operacional, ou seja, de implementação de equipamentos nos poços, que são terrestres. “Esse projeto é importante porque a água é muito rara e cara no Oriente Médio. Com a limpeza da água proveniente dos poços de petróleo, haverá mais oferta”, afirma Chacon. 
Depois deste projeto, que é pioneiro, a SuperBAC vai participar, em novembro, de uma feira do setor petrolífero em Abu Dhabi para apresentar a solução para outras empresas do Oriente Médio. “Já temos contatos em Abu Dhabi e na Arábia Saudita para levar nosso projeto para outras regiões”, diz Chacon.
Fonte: Mídia Eletrônica: IG -http://www.colunistas.ig.com.br/guilhermebarros

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Algodão Colorido da Paraíba ganhará apoio para projeto de Indicação Geográfica

Sebrae libera R$ 1,7 milhões para 12 regiões brasileiras com o selo ou que depositaram o pedido de registro no Inpi  
Para fortalecer as Indicações Geográficas no Brasil, o Sebrae vai liberar R$ 1,7 milhão. Os recursos irão financiar projetos de produtores brasileiros que têm o registro ou o pedido depositado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Ao todo são 12 territórios selecionados dentro da Encomenda de Projetos de Apoio à Gestão das Indicações Geográficas Registradas e Depositadas. A Paraíba foi escolhida através da produção de têxteis de algodão naturalmente colorido. 
Além dos R$ 1.741.145 repassados pelo Sebrae, os projetos demandam outros R$ 2.074.527, que serão financiados pelos próprios produtores e parceiros locais. Com os recursos as regiões que já possuem o registro vão utilizar omontante para aprimorar a gestão em termos de processo e sustentabilidade do negócio, de forma a manter as mesmas características dos produtos reconhecidos pelo mercado. Já as que ainda buscam o selo de indicação geográfica utilizarão os recursos para desenvolver seus produtos e obter o registro. 
Dos territórios que já possuem o registro foram selecionados o Vale dos Sinos (produtor de couro acabado), Paraty (fabricante da cachaça), Vale dos Vinhedos e Pinto Bandeira (fabricam vinho) e Cerrado Mineiro (que produz café). Já as que buscam a indicação, além da Paraíba, outras seis regiões vão receber o apoio para desenvolverem seus projetos: Goiabeiras (panela de barro), Litoral Norte Gaúcho (arroz), Pelotas (doces tradicionais e confeitaria de frutas), Cachoeiro (mármore), Norte Pioneiro do Paraná (café) e Costa Negra (camarão). 
Os valores individuais concedidos para cada região vão variar de R$ 50,8 mil a R$ 200 mil. Os produtores têm 24 meses para executar os projetos e implementar as ações previstas. Do valor total liberado pelo Sebrae, 50% estará disponível nos próximos dias. A outra metade será liberada em 2011, após a comprovação da execução de, no mínimo, 80% da primeira parcela. 
Indicação de valor- Indicação Geográfica é a identificação de um produto ou serviço como originário de um local, região ou país, quando determinada reputação, característica e qualidade possam ser vinculadas essencialmente a esta questão. É uma garantia quanto à origem de um artigo ou serviço e de suas qualidades e características, uma vez que ele deve, necessariamente, ser produzido sob determinadas regras. 
O interesse pelo registro de Indicações Geográficas é cada vez maior no Brasil. Vinte e quatro pedidos estão em análise no Instituto Nacional da Propriedade Industrial. O volume é três vezes maior que o número de autorizações concedidas pelo órgão desde 2002, data em que foi autorizada a primeira região com a denominação, a do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul. Em todo o País, sete regiões têm o direito de utilizar o selo, que indica a procedência. Outras 13 áreas foram rejeitadas nos últimos oito anos por não atenderem às exigências do marco regulatório brasileiro.
Midia eletrônica: PB Agora - pbagora.com.br

Inovação em medicamentos

Qual portador de câncer com poucas perspectivas de cura não se candidataria a participar de uma pesquisa clínica que lhe dê esperança?
Estimativas indicam que, em 1950, o desenvolvimento de um novo medicamento custava cerca de US$ 1,5 milhão, e o dossiê para registro sanitário continha menos de cem páginas. Atualmente, calcula-se um custo de desenvolvimento em torno de US$ 1 bilhão, e o dossiê de registro chega a 300 mil páginas.
Ao longo do tempo, houve um aumento significativo das exigências científicas, éticas e legais para desenvolver produtos farmacêuticos seguros e eficazes. O exemplo infeliz da talidomida foi o marco decisivo para essa busca.
Os dados relativos ao aumento da longevidade, diminuição dos eventos cardiovasculares, tratamento da Aids, cura de alguns tipos de câncer e cura de doenças infecto-contagiosas são a melhor resposta àqueles que demonizam a indústria farmacêutica e as pesquisas clínicas que buscam novas opções terapêuticas.
A inovação é fundamental para o desenvolvimento de produtos que aliem melhor eficácia e segurança.
Se assim não fosse, ainda estaríamos usando reserpina para o tratamento da hipertensão arterial.
Essa droga, apesar de limitadamente efetiva, induzia à depressão e ao suicídio em um número significativo de pacientes.
O desenvolvimento de um produto farmacêutico pode levar até 15 anos. Isso significa que produtos hoje revolucionários foram concebidos no final da década de 90.
A indústria multinacional procura desenvolver estudos clínicos com seus produtos em diversos países para cobrir o máximo possível da amostragem étnica. Nesse sentido, é preciso que se diga que 80% das pesquisas clínicas são feitas nos EUA, na Europa e no Japão.
Devemos lembrar que o Brasil é um das dez maiores economias do planeta e um dos dez maiores mercados farmacêuticos. No entanto, recebemos menos de 1% de todo o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Por que isso ocorre?
No Brasil, sofremos com a burocracia, a ideologia e o descaso para com os doentes que poderiam ser incluídos nas pesquisas clínicas.
Qual portador de câncer com pouca perspectiva de cura não se candidataria a participar de uma pesquisa clínica que lhe dê uma esperança?
Esse direito individual deve ser respeitado, e não ser submetido à tutela do Estado.
Qual a vantagem desses estudos para a nossa população? Dar chance para um novo tratamento, melhorar o conhecimento científico, capacitar melhor os centros de pesquisa e atrair investimentos que podem se reverter em benefícios comunitários.
Nos EUA, Alemanha e Inglaterra, um pedido para levar uma nova molécula da fase de pesquisa para a fase 1 (primeiro uso no ser humano) leva quatro semanas. No Brasil, este tempo varia de seis a 12 meses. E não porque sejamos mais éticos ou rigorosos. Somos, na verdade, mais burocráticos e enviesados ideologicamente.
Se quisermos um país soberano em toda a sua plenitude, devemos incentivar a pesquisa e desenvolvimento em todas as áreas do conhecimento, iniciando-se na saúde.
Mídia Escrita: Folha de São Paulo
Autor: JOÃO MASSUD FILHO

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Mangas e uvas do Vale Submédio São Francisco ganham certificado de Identificação de Procedência

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) concedeu às uvas de mesa e mangas da região o certificado de Indicação de Procedência Vale do Submédio São Francisco. De acordo com Lúcia Fernandes, examinadora de Identificação Geográfica do órgão, este foi o quinto título concedido no Brasil e o primeiro em Pernambuco e no Nordeste. A Indicação de Procedência é um reconhecimento da reputação do produto no território. O certificado é um ativo que agrega considerável valor ao produto, ajuda a alavancar o turismo e elimina concorrentes. “É um direito de propriedade industrial. Agora, os produtores já estão aptos a solicitarem o reconhecimento internacional”, afirma Lúcia. O certificado foi entregue ao presidente da Univale, José Gualberto, durante a Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri), que segue até este sábado (31/07). “Atingimos um marco único para o Nordeste. Isso faz com que tenhamos uma maior responsabilidade. Temos que nos conscientizar que a qualidade é o primeiro atributo a ser exigido em qualquer produto”, diz. Para o superintendente do Sebrae em Pernambuco, Nilo Simões, esta é uma conquista dos produtores e um reconhecimento da qualidade da produção. “Representa uma virada de página. Com o certificado, o produto ganha valor agregado e isso vai abrir portas. É um reconhecimento ao esforço e pioneirismo da região”, destaca.
Fonte: Globo Rural revistagloborural.globo.com