terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sistema bancário DDA - Débito Direto Autorizado - supera expectativas


O DDA (Débito Direto Autorizado) completou ontem dois meses de implantação superando expectativas. No período de 60 dias, o sistema de liquidação de boletos por meio eletrônico alcançou metas traçadas para atingir só em sete meses. Nesse período foram incorporados 20,6 milhões de boletos.
Criado por iniciativa da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) e CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos) e desenvolvido pela Tivit, o sistema entrou em vigor no dia 19 de outubro. Os clientes bancários, tanto empresas quanto consumidores, que aderiram ao sistema têm poder de liquidar seus títulos registrados de débito por meios eletrônicos, como telefones celulares, internet e em terminais eletrônicos. Dessa maneira, o volume de papéis para cobranças diminui e os usuários têm controle total de suas dívidas, sem o perigo de extravio.
O profissional liberal Fábio Pereira Carvalho, que mora na Praia Grande e trabalha em São Bernardo, foi um dos que aderiram ao DDA. "O sistema facilitou demais. É um modo muito rápido para administrar as minhas contas", diz.
Segundo um dos assessores técnicos da Febraban, Walter Tadeu, cerca de 2,2 milhões de clientes bancários aderiram ao DDA como sacados (ou seja, os que pagam boletos eletrônicos). "O sistema ainda é novo, mas tem tudo para crescer. Ainda estamos em fase de maturação do mercado", comenta o técnico, sem arriscar uma previsão de crescimento ao número de usuários. Cerca de 70 bancos, associados à Febraban, oferecem a tecnologia.
O BB (Banco do Brasil) é responsável por, aproximadamente, metade dos clientes sacados que aderiram ao sistema, com 1,12 milhão de cadastros. Também por ele passaram 24,2% do total de boletos eletrônicos, nos dois meses de vida do DDA. Somando os valores cobrados, o Banco do Brasil cobrou R$ 16 bilhões em títulos com a nova tecnologia.

Tecnologia brasileira atrai interesse no Exterior
Após a apresentação do DDA (Débito Direto Autorizado) no Assembléia Anual Felaban (Federación Latinoamericana de Bancos), realizada em Miami, nos Estados Unidos, em novembro, representantes dos bancos de seis países demonstraram interesse em implantar o sistema.
De acordo um dos assessores técnicos da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Walter Tadeu, as associações de bancos do Uruguai, Venezuela, Paraguai, Costa Rica, Panamá e República Dominicana pretendem aderir à tecnologia de liquidação de boletos registrados. "Nós vamos sentar no início do próximo ano para acertar como será uma possível implantação nesses países", afirma Tadeu.
Existem duas maneiras viáveis, segundo ele, para a Febraban auxiliar a implantação. A primeira seria pela livre transferência de tecnologia. E a segunda por meio de consultoria, para que as entidades representantes dos bancos desenvolvam seus próprios sistemas.
"Por meio de consultoria seria a melhor forma", pontuou Tadeu, destacando que ainda não houve consenso se o repasse de tecnologia, ou conhecimento, será cobrado. Ele acrescenta que é a primeira vez que há interesse de outros países por tecnologias interbancárias brasileiras.
Fonte: -http://home.dgabc.com.br-



Internautas europeus não conseguem comprar online - Estudo da UE revela que 61% das compras pela internet são recusadas

O estudo envolveu clientes-mistério de todos os países da União Europeia e o objectivo era procurar 100 produtos populares (CD, computadores, máquinas fotográficas digitais e máquinas de lavar roupa) na Internet.

Resultado: para além da poupança (que é de pelo menos 10%) e do acesso a produtos que não existem no mercado nacional de cada internauta, a mais surpreendente conclusão é a de que 61% das compras não são bem sucedidas, ou porque o comerciante não possui meios de pagamento adequados ou porque não é feita entrega naquele país. 
Em 13 dos 27 países europeus, pelo menos metade dos produtos procurados, a poupança era de pelo menos 10% do que a melhor oferta nacional encontrada (incluindo as despesas, por exemplo, de transporte). 50% dos produtos não existiam na internet local, mas foram encontrados em outros países da UE.

Se os dados não surpreendem, a percentagem de encomendas mal sucedidas é avassaladora e mostra um comércio electrónico muito pouco global. Em média, 61% das encomendas feitas não chegaram a bom porto, principalmente porque o comerciante se recusou a servir o país de residência do consumidor ou não oferecia meios adequados de pagamento além fronteiras.
«É absolutamente necessário simplificar o labirinto jurídico que impede que os comerciantes em linha passem a oferecer os seus produtos noutros países», afirmou Viviane Reding, Comissária da UE para a Sociedade da Informação e Meios de Comunicação Social.
«Não teremos na realidade uma economia digital enquanto não suprimirmos todas as barreiras às transacções em linha, igualmente para os consumidores finais. Esta deve ser uma das prioridades de topo na lista de todas as iniciativas políticas de relançamento do projecto do mercado único».
Actual legislação é manta de retalhos
O estudo data de Outubro e define algumas das áreas prioritárias de acção para combater a «manta de retalhos» que é a actual legislação.
Nesse sentido, a proposta de directiva quer criar um conjunto de direitos simples e único para os consumidores da União Europeia, intensificar a fiscalização para aumentar a confiança dos consumidores no comércio transfronteiras.
A União Europeia refere que a medida mais urgente passa pela simplificação das regras do comércio transfronteiras aplicáveis aos retalhistas (por exemplo, as respeitantes ao IVA, às taxas de reciclagem e aos direitos de propriedade intelectual).

Fonte: -http://diario.iol.pt- Portugal