Agregar valor ao produto, conquistar novos mercados no
exterior e entrar com força no setor alimentício. Os objetivos dos produtores
de camarão da Costa Negra, litoral Oeste do Ceará, podem ser ambiciosos, mas o
primeiro passo foi dado nesta terça-feira, dia 3 de novembro, no Rio de
Janeiro, com o depósito no INPI do pedido de Denominação de Origem (DO), um
tipo de Indicação Geográfica.
O pedido em formato de DO garante que o produto possui
características especiais devido ao meio ambiente. No caso do camarão cearense,
o diferencial está no solo com camadas invertidas e, portanto, mais rico em nutrientes. Com
isso, os viveiros artificiais, que ocupam 900 hectares nas
cidades de Acaraú, Itarema e Cruz, praticamente só usam alimentos naturais,
dispensando as rações.
Com esta vantagem natural, a região é uma das maiores
produtoras do Brasil, com cerca de 7.090 toneladas a cada ano. Metade desta
produção é consumida no Brasil e a outra metade vai para países como França,
Espanha, Itália e Portugal. A região possui 33 produtores que gera mais de dois
mil empregos diretos.
Se a certificação for concedida, a Associação dos
Carcinicultores da Costa Negra (ACCN), que reúne os produtores locais, quer
aumentar a venda do camarão e, com o valor agregado, entrar no setor alimentício.
Desta forma, eles produziriam alimentos com camarão para vender no mercado
brasileiro e estrangeiro.
A Indicação Geográfica é concedida pela Coordenação-Geral
de Outros Registros, da Diretoria de Contratos de Tecnologia e Outros Registros
do INPI.
Fonte: -www.inpi.gov.br-